Na lei da física um elástico torna-se lasso depois de
muito esticar, correndo o risco de se partir e irremediavelmente quebrar.
E nós esticámos...
Puxamos, exigimos e violamos com tanta força o laço, "doutr'ora" engalanado, que rendilhamo-nos num nó.
Inflexíveis, diminuídos, sem dó, agastados, comidos e alucinados, num só. Achando que tentar para todo o lado que não aqui, seria a fuga para a salvação.
Embarcamos então nessa distância de fugir, sem esperança de voltar, com uma agonia enorme a entorpecer o gesto de olhar para trás.
Zás...
Ambos sentimos o elástico a ceder, a esticar, a fazer de tudo para não se partir, para não nos soltar, mas irremediavelmente, como um osso que se quebra numa queda onde nada fazia prever, soltamo-nos. Libertamo-nos da carência que havia em nós, uma dependencia atroz, que nos sufocava e que nos iludia que juntos eramos imortais.
Agora somos corpos que gravitam no espaço, incompreendidos na sua essência.
Até a ciência da física de novo nos agarrar
sábado, 31 de dezembro de 2016
quarta-feira, 28 de dezembro de 2016
segunda-feira, 26 de dezembro de 2016
PULSO
Toda as emoções que se assomam do peito
despertam intermináveis nascentes de um leito, que não para de correr...
Não é pois, por isso, de estranhar à noite haverem tantos sonhos que não param de tocar-te, que não se cansam de correr, de segredar, de avisar-te, não param de viver. Pingam, pulsam, gritam, tentando a todo custo realizarem-se, não parando nunca nem para descansar, só para te provar que o teu lugar por mais que queiras esquecer vai sempre dar ao mesmo sitio onde em tempos foste mais que um singelo prazer, na boca de um beijo tão profundo
Se não souberes medir o fundo, também nunca saberás medir o pulso, nas vezes em que o coração te pedir para ficar
despertam intermináveis nascentes de um leito, que não para de correr...
Não é pois, por isso, de estranhar à noite haverem tantos sonhos que não param de tocar-te, que não se cansam de correr, de segredar, de avisar-te, não param de viver. Pingam, pulsam, gritam, tentando a todo custo realizarem-se, não parando nunca nem para descansar, só para te provar que o teu lugar por mais que queiras esquecer vai sempre dar ao mesmo sitio onde em tempos foste mais que um singelo prazer, na boca de um beijo tão profundo
Se não souberes medir o fundo, também nunca saberás medir o pulso, nas vezes em que o coração te pedir para ficar
domingo, 25 de dezembro de 2016
DIMENSÃO DOS SONHOS
Descrever o horizonte de um final de tarde com um traço tão preciso, é necessário deixar-se envolver pela natureza das cores e por a nobreza que as palavras nos soletram ao ouvido,
para que a simbiose da dimensão não se apague
... À pouco quis chegar ao rasgo prependicular do teu sorriso, e sem saber se de facto o moldei, pus - me a imaginar, e, sonhei, sonhei, sonhei...
Sonhei sair deste lugar e, sem me importar com a via ou meio de aí chegar, deixei-me ir,
para que a simbiose da dimensão não se apague
... À pouco quis chegar ao rasgo prependicular do teu sorriso, e sem saber se de facto o moldei, pus - me a imaginar, e, sonhei, sonhei, sonhei...
Sonhei sair deste lugar e, sem me importar com a via ou meio de aí chegar, deixei-me ir,
como um balão que na mão de uma criança se solta no ar, para se perder livre de tocar, envolver e se apagar, no fofo branco das nuvens.
sexta-feira, 23 de dezembro de 2016
NATAL
Quando a lua é tão cheia e redonda e toda a gente
corre pelos shopings, com pressa de nada, para fazer as compras de natal, a loucura só pode andar à solta.
Haja ao menos um pai Natal para nos ridicularizar nesta data tão festiva.
Haja ao menos crianças a sorrirem e a acreditarem mais nos sonhos
Haja sempre emoção para que as famílias não se dividam
Haja espírito para que a gratidão nunca acabe.
E haja mais sanidade para que a coragem não seja angustiada e eternamente engolida
Quando o natal for a união com o ritmo e a direcção acertada
O homem nunca mais se prederá nessa estrada
Até a terra prometida
corre pelos shopings, com pressa de nada, para fazer as compras de natal, a loucura só pode andar à solta.
Haja ao menos um pai Natal para nos ridicularizar nesta data tão festiva.
Haja ao menos crianças a sorrirem e a acreditarem mais nos sonhos
Haja sempre emoção para que as famílias não se dividam
Haja espírito para que a gratidão nunca acabe.
E haja mais sanidade para que a coragem não seja angustiada e eternamente engolida
Quando o natal for a união com o ritmo e a direcção acertada
O homem nunca mais se prederá nessa estrada
Até a terra prometida
sábado, 17 de dezembro de 2016
ALMA (DE)PENADA
A loucura é saber - te
Desejar sem procurar
E querer - te
Todos os dias
E todos os dias serem dias nenhuns
Se vazio de ti eu apenas sou...
Nada
Toda a alma penada é apedrejada pelo vazio do silêncio
Toda a ignorância é trazer na lembrança motivos de insatisfação
E toda a razão é dar ouvidos ao instinto do coração, quando a racionalidade, como se sabe, sempre foi pobre na arte de sonhar
sexta-feira, 16 de dezembro de 2016
REALIDADE INCOMPREENDIDA
Hoje aprender é obra do acaso
Vai-se buscando conhecimento sem se estar muito atento e com um objectivo complemente desfocado.
A atenção essa é coisa do passado, é sabedoria ancestral de outros tempos, envolvida em papel de rebuçado.
É religião extremamente crente ao proposto e profanado, pelos manuais e conselhos que nos indicam o ABC da razão.
Aaaarrr...
Haja distracção para aprender de tudo
Haja voz para confundir o tempo
Haja conhecimento para entender esta falta de abordagem
Haja sentimento para que a ignorância não seja em dobro
Para aprender é preciso saber apagar
É preciso querer mais do que um impulso a implorar
É preciso ter a noção do que se está a passar, da realidade incompreendida
Para aprender é necessário arriscar
É de todo conveniente investir para num futuro, lá à frente, lucrar
É necessário ter as rédeas da curiosidade bem medidas
E se a tudo isto juntarmos uma boa dose de vida
Aprende,
Aprende
E aprende
Até ao fim
Até à hora da despedida
Vai-se buscando conhecimento sem se estar muito atento e com um objectivo complemente desfocado.
A atenção essa é coisa do passado, é sabedoria ancestral de outros tempos, envolvida em papel de rebuçado.
É religião extremamente crente ao proposto e profanado, pelos manuais e conselhos que nos indicam o ABC da razão.
Aaaarrr...
Haja distracção para aprender de tudo
Haja voz para confundir o tempo
Haja conhecimento para entender esta falta de abordagem
Haja sentimento para que a ignorância não seja em dobro
Para aprender é preciso saber apagar
É preciso querer mais do que um impulso a implorar
É preciso ter a noção do que se está a passar, da realidade incompreendida
Para aprender é necessário arriscar
É de todo conveniente investir para num futuro, lá à frente, lucrar
É necessário ter as rédeas da curiosidade bem medidas
E se a tudo isto juntarmos uma boa dose de vida
Aprende,
Aprende
E aprende
Até ao fim
Até à hora da despedida
terça-feira, 13 de dezembro de 2016
NO ALCATRÃO DE UMA ESTRADA
O amor não é uma tensão como a paixão
O amor é muito mais...
O amor é como uma flor que precisa da terra para se agarrar
O amor é partilha
É sede
É amizade
É verdade que alumia
É luz
É norte
É sorte que contagia
É emoção
É vento
É sentimento que não se apaga
O amor é isto é muito mais...
É uma saudade que propaga as cores que nos vão por dentro
É vontade
É suspiro
É brilho de criança, no escuro da menina do olho
É sonho
É grito
É um infinito que descrito rima aos 7 ventos
O amor é isto, mas pode ser sempre muito mais
Enquanto isto uma mensagem ressoa no habitáculo de um carro, como que a adivinhar um texto que ganhava espaço ao rectângulo de um celular
"Louca por ti"
Leu ele o sms, acabadinho de chegar, ao qual respondeu:
"Imagina..."
Deixando-a desnorteada, e em suspense, por breves segundos com o peso de adivinhar.
À poucos minutos atrás tinham-se, despidos e despedido, com toda a pompa e circunstância que a paixão pode almejar.
E sem se conter a curiosidade assomou-se então pelos dedos dela, e desenvergonhada deu a cara
"Diz"
Por fim ele respondeu assim:
"Escrevi isto, daí até aqui
No alcatrão de uma estrada...
O amor não é uma tensão como a paixão
O amor é muito mais
O amor é como uma flor que precisa da terra para se agarrar..."
O amor é muito mais...
O amor é como uma flor que precisa da terra para se agarrar
O amor é partilha
É sede
É amizade
É verdade que alumia
É luz
É norte
É sorte que contagia
É emoção
É vento
É sentimento que não se apaga
O amor é isto é muito mais...
É uma saudade que propaga as cores que nos vão por dentro
É vontade
É suspiro
É brilho de criança, no escuro da menina do olho
É sonho
É grito
É um infinito que descrito rima aos 7 ventos
O amor é isto, mas pode ser sempre muito mais
Enquanto isto uma mensagem ressoa no habitáculo de um carro, como que a adivinhar um texto que ganhava espaço ao rectângulo de um celular
"Louca por ti"
Leu ele o sms, acabadinho de chegar, ao qual respondeu:
"Imagina..."
Deixando-a desnorteada, e em suspense, por breves segundos com o peso de adivinhar.
À poucos minutos atrás tinham-se, despidos e despedido, com toda a pompa e circunstância que a paixão pode almejar.
E sem se conter a curiosidade assomou-se então pelos dedos dela, e desenvergonhada deu a cara
"Diz"
Por fim ele respondeu assim:
"Escrevi isto, daí até aqui
No alcatrão de uma estrada...
O amor não é uma tensão como a paixão
O amor é muito mais
O amor é como uma flor que precisa da terra para se agarrar..."
segunda-feira, 12 de dezembro de 2016
SINTONIA
Um dia, um pouco de mim quis saber mais de ti, e
sem me aperceber investi a restante parte do meu ser, por desejar e por tanto te querer, tatuada na estrada da minha sina
Fomos passado e nunca passámos de menino e menina
Fomos a jogo e arriscamos em todos os momentos
Fomos iguais em todas as etapas da vida...
Sem argumentos
Dando guarida à nossa história sem a roubar pelos ventos e ilusões que nos podessem afastar
Não sei se foi sorte se não
Não sei se foi a cadência ou a frequência da pulsação
O que sei e na verdade só nós é que sabemos, é que para nos termos, tivemos que ser muito mais do que uma mera conexão
Agora tenho saudades tuas
Agora não vejo a hora de te poder abraçar
Agora é sempre tanto tempo que não vejo a hora deste tormento se render ao teu colo e a distancia podermos dissipar
sem me aperceber investi a restante parte do meu ser, por desejar e por tanto te querer, tatuada na estrada da minha sina
Fomos passado e nunca passámos de menino e menina
Fomos a jogo e arriscamos em todos os momentos
Fomos iguais em todas as etapas da vida...
Sem argumentos
Dando guarida à nossa história sem a roubar pelos ventos e ilusões que nos podessem afastar
Não sei se foi sorte se não
Não sei se foi a cadência ou a frequência da pulsação
O que sei e na verdade só nós é que sabemos, é que para nos termos, tivemos que ser muito mais do que uma mera conexão
Agora tenho saudades tuas
Agora não vejo a hora de te poder abraçar
Agora é sempre tanto tempo que não vejo a hora deste tormento se render ao teu colo e a distancia podermos dissipar
sábado, 10 de dezembro de 2016
AO SABOR DE UM TEMPO
Se há mar
Se há gaivotas que esvoaçam no ar
Se há ventos que humedecem o crespo da terra
Então amar só pode ser liberdade
Para que o travo da saudade seja sempre um pouco mais que poesia
Se há gaivotas que esvoaçam no ar
Se há ventos que humedecem o crespo da terra
Então amar só pode ser liberdade
Para que o travo da saudade seja sempre um pouco mais que poesia
quarta-feira, 7 de dezembro de 2016
MI KUIA
Reclamar é a melhor maneira de encetar um
começo, de te empurrar de fazer-te ir...
Reclamar à seria rompe fronteiras se te queres descobrir, destapar, evoluir, reenvindicar sem omitir a temperatura que te vai por dentro
Deu o braço a torcer sem se crer que era menos homem por isso
Quis aceitar aquela mulher sem lhe medir o escuro do corpo
Deu um passo em frente para se despir do pesso morto de um passado mal passado, que fora amorfo, e que se nunca tivera sido reclamado também nunca aconteceu.
"Perdoas-me amor?
Posso provar aos dias que os dias não provados também nunca aconteceram?"
Ela sorriu...
Sorriu com tanta força, que na rua, toda a gente viu que ela não percebeu.
Mas, isso agora é o que menos importa, pois o importante no amor é sempre a emoção e o sorriso que nao se esgota, na intermitente pulsação que ao não vergar também nunca morreu.
Beijaram-se na boca tão profundo que a boca foi pouca para ser apenas a toca da língua em contacto com o céu.
Puxou-lhe então com uma das suas mãos o véu dos seus cabelos, e naquela rouquidão segredou-lhe ao ouvido
"Para sempre teu!
Hoje sei tão bem o que é amar, e por definição deste gostar sei que ninguém tem na vida um amor igual ao meu"
Desceram mais uma vez as palpebras e foram ao fundo do fundo
ouvacionados por assobios e por palmas, e por uma música da moda que no rádio os ia "chamando de loucos"
começo, de te empurrar de fazer-te ir...
Reclamar à seria rompe fronteiras se te queres descobrir, destapar, evoluir, reenvindicar sem omitir a temperatura que te vai por dentro
Deu o braço a torcer sem se crer que era menos homem por isso
Quis aceitar aquela mulher sem lhe medir o escuro do corpo
Deu um passo em frente para se despir do pesso morto de um passado mal passado, que fora amorfo, e que se nunca tivera sido reclamado também nunca aconteceu.
"Perdoas-me amor?
Posso provar aos dias que os dias não provados também nunca aconteceram?"
Ela sorriu...
Sorriu com tanta força, que na rua, toda a gente viu que ela não percebeu.
Mas, isso agora é o que menos importa, pois o importante no amor é sempre a emoção e o sorriso que nao se esgota, na intermitente pulsação que ao não vergar também nunca morreu.
Beijaram-se na boca tão profundo que a boca foi pouca para ser apenas a toca da língua em contacto com o céu.
Puxou-lhe então com uma das suas mãos o véu dos seus cabelos, e naquela rouquidão segredou-lhe ao ouvido
"Para sempre teu!
Hoje sei tão bem o que é amar, e por definição deste gostar sei que ninguém tem na vida um amor igual ao meu"
Desceram mais uma vez as palpebras e foram ao fundo do fundo
ouvacionados por assobios e por palmas, e por uma música da moda que no rádio os ia "chamando de loucos"
domingo, 25 de setembro de 2016
PRECIPÍCIO DAS EMOÇÕES
"Posso querer que fechar os olhos e mergulhar é uma questão de segundos..."
A acção sorriu e o pensamento furou.
Tentou tentou e tentou
Mergulhou tanto que caiu em tentação
Chegando à conclusão que tentar é pois o começo de tudo.
Tentar é o início do precipício das emoções
"Tentámos tudo?
Desejamos tentar assim tanto?"
... Com certeza que não.
Desejamos tentar assim tanto?"
... Com certeza que não.
"E se tentassemos novamente, só que ainda de um jeito mais profundo?
Talvez nunca tenhamos chegado lá bem ao mar desse tudo.
Talvez tenhamos só chegado à melodia, desconhecendo o verso e a letra da canção."
Não tentar de tudo só pode ser a melhor forma de um erro ser verdadeiro.
Não tentar de tudo só pode ser a melhor forma de um erro ser verdadeiro.
Não tentar de tudo é com certeza a pior forma de se corrigir o caminho ao trilho da direcção.
"Vamos tentar?"
Uns olhos brilharam e pestanejaram
"Porque não?"
"Porque não?"
Se for para tentar, invade-te do mundo.
Se for para tentar, que te percas do singular em prol de uma história.
segunda-feira, 15 de agosto de 2016
QUEM CALA CONSENTE
Quem te atira tudo à cara sem filtrar
pode até dizer que é teu amigo
mas na realidade, nunca irá ser um ente tão querido
O teu par,
companheiro de uma vida.
As palavras quando arremessadas ao acaso, picam, causam ferida, ficam semeadas como urtigas,
num lado escuro dormente.
"Quem cala consente"
já diz o ditado...
Contudo, quem ouve e se consome calado seguramente não será educado, pois a ética é também saber viver angustiado,
sobretudo e "sobre o tudo"
com a gente
mas na realidade, nunca irá ser um ente tão querido
O teu par,
companheiro de uma vida.
As palavras quando arremessadas ao acaso, picam, causam ferida, ficam semeadas como urtigas,
num lado escuro dormente.
"Quem cala consente"
já diz o ditado...
Contudo, quem ouve e se consome calado seguramente não será educado, pois a ética é também saber viver angustiado,
sobretudo e "sobre o tudo"
com a gente
sexta-feira, 8 de julho de 2016
RELAÇÕES
Uma relação é para ser comida, provada,
repetida, saboreada, mordida, usada...
E sem sombra de dúvidas voltar a ser sugerida vezes sem conta.
Havemos de ter as nossas desavenças os nossos momentos parvos, eu bem sei,
mas o que seriam das relações se não houvessem discussões, conflitos, desilusões, argumentos, insinuações, contratempos, divagações ... Para moldar de coragem a viagem à nossa história?
A nossa relação para com a relação depende de inúmeros factores,
contudo só depende de ti irradiar o rancor,
pois tu e somente tu sabes bem, da pervisibilidade que tem o sabor, o néctar,
nos lábios de um beijo que te renovam.
Se te convém é porque de olhos fechados te entregas ao mundo.
repetida, saboreada, mordida, usada...
E sem sombra de dúvidas voltar a ser sugerida vezes sem conta.
Havemos de ter as nossas desavenças os nossos momentos parvos, eu bem sei,
mas o que seriam das relações se não houvessem discussões, conflitos, desilusões, argumentos, insinuações, contratempos, divagações ... Para moldar de coragem a viagem à nossa história?
A nossa relação para com a relação depende de inúmeros factores,
contudo só depende de ti irradiar o rancor,
pois tu e somente tu sabes bem, da pervisibilidade que tem o sabor, o néctar,
nos lábios de um beijo que te renovam.
Se te convém é porque de olhos fechados te entregas ao mundo.
quinta-feira, 23 de junho de 2016
CONSTELAÇÕES
"Porque me amas?"
Ouviu-se no morno do silêncio.
Lá em baixo dois vultos e uma cama enrolados em seus corpos ensopados, de prazer, davam vida ao escuro de um quarto, barato e farto em desejo.
Ela olhou-o minuciosamente, e viu os seus olhos verdes, fixos, reluzentes à sua frente , à espera de uma resposta. Olhos verdes sinceros e pacientes...
"Amo-te porque os teus olhos me acalmam." Vociferou ela por fim, entre os dentes.
Há frases que rompem o tempo, e esta, sabe-se lá bem vinda de onde, tatuou aquele momento com uma sonoridade que fica, em jeito de verso de refrão.
Indiscritível e inanarravel foi o que se passou então, tal foi a vaga de mar para conjecturar letras e sílabas que podessem descrever a golfada de emoção, que um engolir provoca quando choca de repente com a intermitência do coração.
Dizendo-lhe ele...
"Percebo esta mesma realidade quando ao redor toda a paisagem se acaba, e a vida acontece ao milímetro.
Entendo este meu mundo quando a atmosfera que nos circunda simplifica o labirinto da vida lá fora.
Rendo-me à vida quando eu e tu fazemos de qualquer lugar a nossa guarida e de todos os instantes o nosso momento."
Lá em cima a noite acendeu, um destino brilhou e uma constelação pontificou o breu de um céu profundo.
Ouviu-se no morno do silêncio.
Lá em baixo dois vultos e uma cama enrolados em seus corpos ensopados, de prazer, davam vida ao escuro de um quarto, barato e farto em desejo.
Ela olhou-o minuciosamente, e viu os seus olhos verdes, fixos, reluzentes à sua frente , à espera de uma resposta. Olhos verdes sinceros e pacientes...
"Amo-te porque os teus olhos me acalmam." Vociferou ela por fim, entre os dentes.
Há frases que rompem o tempo, e esta, sabe-se lá bem vinda de onde, tatuou aquele momento com uma sonoridade que fica, em jeito de verso de refrão.
Indiscritível e inanarravel foi o que se passou então, tal foi a vaga de mar para conjecturar letras e sílabas que podessem descrever a golfada de emoção, que um engolir provoca quando choca de repente com a intermitência do coração.
Dizendo-lhe ele...
"Percebo esta mesma realidade quando ao redor toda a paisagem se acaba, e a vida acontece ao milímetro.
Entendo este meu mundo quando a atmosfera que nos circunda simplifica o labirinto da vida lá fora.
Rendo-me à vida quando eu e tu fazemos de qualquer lugar a nossa guarida e de todos os instantes o nosso momento."
Lá em cima a noite acendeu, um destino brilhou e uma constelação pontificou o breu de um céu profundo.
quarta-feira, 22 de junho de 2016
HEGEMONIA
Daqui pouco joga a nossa selecção.
Não interessa as opções nem os nomes que irão jogar, interessa é que ganhem!
Não interessa a táctica que usem ou o sistema que irão adoptar, o que interessa é que ganhem
Não interessa que falhem muitos golos, que rematem mais vezes à baliza do que a equipa adversária, interessa é que ganhem!
Não interessa que joguem bonito, que a bola role sempre na relva e seja bem tratada, interessa é que ganhem!
Não interessa que marquem só no último minuto, de penalty ou de um lance duvidoso de fora de jogo,
interessa é que ganhem!
Não interessa criticar, confundir, opinar, repercutir frustrações...
Interessa é que ganhem!
Quando toca um hino nacional o importante é ganhar,
seja com sorte ou "azar",
o povo não tolera outro resultado que não a vitória.
O que fica para à história já pouco importa, pois no imediato ninguém aceita uma derrota, nem que seja uma tremenda batota, com um árbitro sorridente a influenciar.
É certo que inúmeros seram aqueles que visionários têm a mania que percebem e entendem de tudo,
aqueles que ignorantes falam de futebol sem acrescentarem "bola" de nada,
os "carcomidos de bunda" que vestem a pele de treinadores de bancada, achando que na garra ou na porrada acrescentam mais valia aos intuitos da nação.
Daqui pouco joga a nossa seleção, toca o hino nacional e o que interessa no fundo é que todos sejamos Portugal, de sempre e para sempre para o bem e para o mal, um povo unido, humilde e de espírito imortal, a navegar por os quatro cantos do mundo, aqui ou aí, para lá do derradeiro apito final.
Portugal, Portugal, Portugal.
Não interessa as opções nem os nomes que irão jogar, interessa é que ganhem!
Não interessa a táctica que usem ou o sistema que irão adoptar, o que interessa é que ganhem
Não interessa que falhem muitos golos, que rematem mais vezes à baliza do que a equipa adversária, interessa é que ganhem!
Não interessa que joguem bonito, que a bola role sempre na relva e seja bem tratada, interessa é que ganhem!
Não interessa que marquem só no último minuto, de penalty ou de um lance duvidoso de fora de jogo,
interessa é que ganhem!
Não interessa criticar, confundir, opinar, repercutir frustrações...
Interessa é que ganhem!
Quando toca um hino nacional o importante é ganhar,
seja com sorte ou "azar",
o povo não tolera outro resultado que não a vitória.
O que fica para à história já pouco importa, pois no imediato ninguém aceita uma derrota, nem que seja uma tremenda batota, com um árbitro sorridente a influenciar.
É certo que inúmeros seram aqueles que visionários têm a mania que percebem e entendem de tudo,
aqueles que ignorantes falam de futebol sem acrescentarem "bola" de nada,
os "carcomidos de bunda" que vestem a pele de treinadores de bancada, achando que na garra ou na porrada acrescentam mais valia aos intuitos da nação.
Daqui pouco joga a nossa seleção, toca o hino nacional e o que interessa no fundo é que todos sejamos Portugal, de sempre e para sempre para o bem e para o mal, um povo unido, humilde e de espírito imortal, a navegar por os quatro cantos do mundo, aqui ou aí, para lá do derradeiro apito final.
Portugal, Portugal, Portugal.
segunda-feira, 20 de junho de 2016
FELICIDADE
A felicidade é muda!
A felicidade não fala
A felicidade subtilmente sorri
Pisca-te o olho
Acena-te um beijo com a mão
Ela só quer ser feliz
Ela só quer um pouco da tua atenção
Se não...
Bem, se não, ela sorri
Voltando a piscar o olho
A acenar um beijo com a mão
Ela só quer entrar no ritmo e se alojar, nas batidas do teu coração
Nesse espaço onde a tua emoção é sorridente
Onde a motivação é mais interiror
Onde sorrir de ti para ti é o doutor
De um redentor momento que contagia.
A felicidade é muda
A felicidade não fala
A felicidade quando se instala, é de ti para ti...
Sorri em si mesma
Sem argumentos
Insana
De haver sono borracha ou uma cama que a possa diluir e a apagar
A felicidade não fala
A felicidade é muda
A felicidade sorri de ti para ti
A felicidade não fala
A felicidade subtilmente sorri
Pisca-te o olho
Acena-te um beijo com a mão
Ela só quer ser feliz
Ela só quer um pouco da tua atenção
Se não...
Bem, se não, ela sorri
Voltando a piscar o olho
A acenar um beijo com a mão
Ela só quer entrar no ritmo e se alojar, nas batidas do teu coração
Nesse espaço onde a tua emoção é sorridente
Onde a motivação é mais interiror
Onde sorrir de ti para ti é o doutor
De um redentor momento que contagia.
A felicidade é muda
A felicidade não fala
A felicidade quando se instala, é de ti para ti...
Sorri em si mesma
Sem argumentos
Insana
De haver sono borracha ou uma cama que a possa diluir e a apagar
A felicidade não fala
A felicidade é muda
A felicidade sorri de ti para ti
quinta-feira, 9 de junho de 2016
SATISFACION
Vamos arder a alma, ou
vamos com calma
seguindo a ética sem fazer barulho?
Ela piscou o olho e sorriu...
O desafio estava lançado
A glória só tinha uma direcção
A infracção seria a meta
E o prazer seria selvagem
na linguagem dos corpos em erupção
Benditos sejam os instantes imponderados nas vagas da satisfação
A sombra vestiu-se de brisa e um corpo debruçado em si mesmo explodiu, deixando o desejo delírante se assomar por entre os dedos...
vamos com calma
seguindo a ética sem fazer barulho?
Ela piscou o olho e sorriu...
O desafio estava lançado
A glória só tinha uma direcção
A infracção seria a meta
E o prazer seria selvagem
na linguagem dos corpos em erupção
Benditos sejam os instantes imponderados nas vagas da satisfação
A sombra vestiu-se de brisa e um corpo debruçado em si mesmo explodiu, deixando o desejo delírante se assomar por entre os dedos...
sábado, 4 de junho de 2016
SMALL MOMENTS
One day,
I passed by your life and I feel proud of that...
By in a small moments,
I still make you smile
sexta-feira, 27 de maio de 2016
HORIZONTES TANGÍVEIS
Tu e eu não somos teu
Nem tão pouco
eu e tu somos minha
Se não...
Apenas um haver
tão doce de correr para um imaginar
Somados fazemos da ocasião horizontes tangíveis
Aliados fazemos dos instantes momentos de glória
Se for para imaginar "prego a fundo"
Se for para fazer, que seja agora!
Nem tão pouco
eu e tu somos minha
Se não...
Apenas um haver
tão doce de correr para um imaginar
Somados fazemos da ocasião horizontes tangíveis
Aliados fazemos dos instantes momentos de glória
Se for para imaginar "prego a fundo"
Se for para fazer, que seja agora!
quarta-feira, 18 de maio de 2016
CONSIDERAÇÃO
À tempos esqueci-me de mim, como uma
carcaça que sem graça e fora da validade se definha sob suas migalhas, sem se dar conta da brancura da sua côdea...
A memória é feita de uma história que lhe contamos ao longo de um tempo, sem nunca duvidar do escorrido argumento que lhe segredamos, nem o fato de nunca nos lembrarmos de ser, um pouco mais do que meros protagonistas secundários de uma imponente atenção.
Há sinais que se vão manifestando de preocupação, esquecimentos insignificantes que nos revelam ao longe o caos. Mas como vivemos a fingir e não gostamos de admitir, se a dor não emerge, apagamos de nós o tempo...inflingimo-nos de ausência...sem nos apercebermos que o esquecimento será só um mal necessário, depois de tanta sonegação.
A consideração, essa, é o melhor fármaco para encurtar distâncias.
Respeitar os valores morais que guarnecem a carne, é palavra de ordem, para que a alma não se divorcie da gente.
Aprende!
Desobedece se não te enobrece.
Reeivendica se te prejudica.
Insurge-te, se na garganta uma espinha pica e não te induz engolir, só por vergonha em tossir um escarro para o branco de um guardanapo.
Considera-te, não vires caco...
carcaça que sem graça e fora da validade se definha sob suas migalhas, sem se dar conta da brancura da sua côdea...
A memória é feita de uma história que lhe contamos ao longo de um tempo, sem nunca duvidar do escorrido argumento que lhe segredamos, nem o fato de nunca nos lembrarmos de ser, um pouco mais do que meros protagonistas secundários de uma imponente atenção.
Há sinais que se vão manifestando de preocupação, esquecimentos insignificantes que nos revelam ao longe o caos. Mas como vivemos a fingir e não gostamos de admitir, se a dor não emerge, apagamos de nós o tempo...inflingimo-nos de ausência...sem nos apercebermos que o esquecimento será só um mal necessário, depois de tanta sonegação.
A consideração, essa, é o melhor fármaco para encurtar distâncias.
Respeitar os valores morais que guarnecem a carne, é palavra de ordem, para que a alma não se divorcie da gente.
Aprende!
Desobedece se não te enobrece.
Reeivendica se te prejudica.
Insurge-te, se na garganta uma espinha pica e não te induz engolir, só por vergonha em tossir um escarro para o branco de um guardanapo.
Considera-te, não vires caco...
sexta-feira, 13 de maio de 2016
O QUE SERÁ, SERÁ
Deixa acontecer, toda a tempestade passa,
o que não passa é a desgraça
de esbanjar, dias de céu limpo e cobertos de sol.
Deixa acontecer, não procures o conforto nas palavras,
elas são proferidas, foram escritas e inventadas
Sem o antídoto de resolverem o fibroma da questão.
Deixa acontecer, olha com olhos de condor,
não te deixes nublar por um qualquer rancor
que nunca te trouxe aragens a verde do campo.
Deixa acontecer, o que será será...
O que houver um dia por viver
acabará mais cedo ou mais tarde por amadurecer
sejam elas quais forem as estações.
o que não passa é a desgraça
de esbanjar, dias de céu limpo e cobertos de sol.
Deixa acontecer, não procures o conforto nas palavras,
elas são proferidas, foram escritas e inventadas
Sem o antídoto de resolverem o fibroma da questão.
Deixa acontecer, olha com olhos de condor,
não te deixes nublar por um qualquer rancor
que nunca te trouxe aragens a verde do campo.
Deixa acontecer, o que será será...
O que houver um dia por viver
acabará mais cedo ou mais tarde por amadurecer
sejam elas quais forem as estações.
quinta-feira, 5 de maio de 2016
PERSPICUIDADE
Componho pensamentos atordoados e
imprecisos.
Histórias sem horas definidas de se fazerem datar
Segredos corrompidos num diário adormecido
Sequélas que não passam a tempo de no imediato se fazerem constar
Poeiras que não assentam no pó, dão enredo ao medo da direção.
Paixões que não vencem os caminhos melancolizam o sentido.
Noites a sós na toca do bandido
Emoções sem abrigo nem sentido nenhum...
Toda a espécie de frustração deveria ter uma pasta de arquivo
Uma pasta multicolor
Para que assim, arrumados os traumas, não criassem qualquer tipo de alarido
Nem torpor
De debitarem um rasto tão gasto de lucidez
Valha-me ao menos o descernimento para que de tempos a tempos, a capacidade intrínseca do pensamento resvale por entre as palavras, enquadradas na frase, de uma imaginaria constatação
imprecisos.
Histórias sem horas definidas de se fazerem datar
Segredos corrompidos num diário adormecido
Sequélas que não passam a tempo de no imediato se fazerem constar
Poeiras que não assentam no pó, dão enredo ao medo da direção.
Paixões que não vencem os caminhos melancolizam o sentido.
Noites a sós na toca do bandido
Emoções sem abrigo nem sentido nenhum...
Toda a espécie de frustração deveria ter uma pasta de arquivo
Uma pasta multicolor
Para que assim, arrumados os traumas, não criassem qualquer tipo de alarido
Nem torpor
De debitarem um rasto tão gasto de lucidez
Valha-me ao menos o descernimento para que de tempos a tempos, a capacidade intrínseca do pensamento resvale por entre as palavras, enquadradas na frase, de uma imaginaria constatação
domingo, 1 de maio de 2016
DIA DA MÃE
Sorte daqueles que têm uma mãe
presente, constante, protetora, amiga e sorridente sempre e "no sempre" de braços abertos para os acarinhar.
E como tal hoje não arrisquei...
Bem sei que hoje é o teu dia, é o dia da mãe, mas ainda assim não quis arriscar pôr uma fotografia tua algures no Facebook e devastar as particularidades que te evidenciam.
Imagina tu se me sabem o teu valor real?
Imagina a minha vida se te convertes depois às "selfies" e por aí em diante, ao virtual?
Imagina como passariam a ser as nossas vidas? As nossas conversas resumidas, banais, descomprometidas de valores morais, que devastam a relação de tanta gente.
Imagina tu que "mãe só há uma", e depois o que será, ou por outra, o que sobrará de ti para mim, se todos tiverem o objectivo e a fim, de serem depois meus irmãos?
Feliz dia da mãe, para todas aquelas que estando ou não presentes, deixaram entre nós o seu cunho bem evidente, do exemplo que é ser mulher, no "exercício" das suas funções
presente, constante, protetora, amiga e sorridente sempre e "no sempre" de braços abertos para os acarinhar.
E como tal hoje não arrisquei...
Bem sei que hoje é o teu dia, é o dia da mãe, mas ainda assim não quis arriscar pôr uma fotografia tua algures no Facebook e devastar as particularidades que te evidenciam.
Imagina tu se me sabem o teu valor real?
Imagina a minha vida se te convertes depois às "selfies" e por aí em diante, ao virtual?
Imagina como passariam a ser as nossas vidas? As nossas conversas resumidas, banais, descomprometidas de valores morais, que devastam a relação de tanta gente.
Imagina tu que "mãe só há uma", e depois o que será, ou por outra, o que sobrará de ti para mim, se todos tiverem o objectivo e a fim, de serem depois meus irmãos?
Feliz dia da mãe, para todas aquelas que estando ou não presentes, deixaram entre nós o seu cunho bem evidente, do exemplo que é ser mulher, no "exercício" das suas funções
sexta-feira, 15 de abril de 2016
NO BRILHO DO OLHAR
Gosto que me olhes
Que me contemples
Que me foques
E alimentes
Que me invoques
E me "penses"
Que me toques
E argumentes
Sempre e para sempre
Até que a nebulosidade me verta desse teu espaço ocular
Eu quero ser a arte de te acompanhar
Brilhante, no redondo lacrimejante das tuas pupilas
Sentes?
Que me contemples
Que me foques
E alimentes
Que me invoques
E me "penses"
Que me toques
E argumentes
Sempre e para sempre
Até que a nebulosidade me verta desse teu espaço ocular
Eu quero ser a arte de te acompanhar
Brilhante, no redondo lacrimejante das tuas pupilas
Sentes?
segunda-feira, 11 de abril de 2016
BABA E RANHO
O que dói não é a dor
não é um corte nem é a queda ao caír no chão.
O que dói e dói como o caralho
é a puta da frustração
De ver deitado por terra, todo um sentimento.
Quem não andar nisto para doer também anda cá a fazer, "muita poucoxinho"
Se algum dia tiver que doer ao menos que seja para verter,
baba e ranho
* Só um bom choro é capaz de livrar, um céu pejado de nuvens
domingo, 10 de abril de 2016
A (IM)POSSIBILIDADE
A vida é uma constância que pulsa intermite, é
uma constante a pulsar que no pulso palpita ininterruptamente. Por vezes é madrasta finge-se de casta, mas é fodida. Literalmente é possível... mas é imensamente fodida.
A cada esquina que se espreita auguram-se impossibilidades de serem possíveis,
impossibilidades essas, de serem palpáveis no nosso quotidiano,
impossibilidades de serem nossas as "vossas vidas",
impossibilidades de serem em vida os sonhos que nos devemos.
A vida é tremendamente fodida...
A vida é tremenda porque é possível.
Sim, só é fodida porque é possível!
Se há impossibilidades a possibilidade existe, logo é possível. O que não é possível (isso sim é uma impossibilidade) é ter a possibilidade nas mãos e não a abraçar com carinho,
é ter a possibilidade de dizer e calar por receio,
é ter a possibilidade de assumir e fugir por cobardia,
é ter a possibilidade de ser forte e desfalecer de braços cruzados,
é ser possível correr por outros caminhos e apenas caminhar na mesma via,
é ter a possibilidade de viver e andar por cá só para se amortecer nas impossibilidades.
Tudo o que existe é possível, se há, é porque existem possibilidades.
Se insistimos nos dias por viver é porque sem dúvida somos mais do que possibilidades de sofrer, de meras arritmias (in)temporais.
Arriscas a possibilidade?
uma constante a pulsar que no pulso palpita ininterruptamente. Por vezes é madrasta finge-se de casta, mas é fodida. Literalmente é possível... mas é imensamente fodida.
A cada esquina que se espreita auguram-se impossibilidades de serem possíveis,
impossibilidades essas, de serem palpáveis no nosso quotidiano,
impossibilidades de serem nossas as "vossas vidas",
impossibilidades de serem em vida os sonhos que nos devemos.
A vida é tremendamente fodida...
A vida é tremenda porque é possível.
Sim, só é fodida porque é possível!
Se há impossibilidades a possibilidade existe, logo é possível. O que não é possível (isso sim é uma impossibilidade) é ter a possibilidade nas mãos e não a abraçar com carinho,
é ter a possibilidade de dizer e calar por receio,
é ter a possibilidade de assumir e fugir por cobardia,
é ter a possibilidade de ser forte e desfalecer de braços cruzados,
é ser possível correr por outros caminhos e apenas caminhar na mesma via,
é ter a possibilidade de viver e andar por cá só para se amortecer nas impossibilidades.
Tudo o que existe é possível, se há, é porque existem possibilidades.
Se insistimos nos dias por viver é porque sem dúvida somos mais do que possibilidades de sofrer, de meras arritmias (in)temporais.
Arriscas a possibilidade?
terça-feira, 5 de abril de 2016
EU TU e as PALAVRAS
Eu tu e as palavras
Geramos um tempo único
Somos mais que nós
Demos à voz murmúrios,
capazes de se entenderem
Eu tu e as palavras
Rimamos deliberadamente
Somos parte da malha dessa corrente
que se enlaça
no elo triunfante dos anéis
Eu tu e as palavras
Sonorizamos o destino na história
Somos por direito
o par mais inusitado na memória
Que a singularidade de duas sílabas um dia ousou alcançar
Eu tu e as palavras
Soubemos que conjugados poderíamos tocar no fundo
Acreditamos piamente em pequenos nadas...
Como o olhar que acordado deixa escapar tantos segundos
E entrelaçados seguimos a nossa composição
Crentes que o presente só será presentemente se num futuro adjacente
as carícias tiverem sempre e sempre
ao alcance do toque das nossas mãos
Eu tu a as palavras
Geramos um tempo único
Somos mais que nós
Demos à voz murmúrios,
capazes de se entenderem
Eu tu e as palavras
Rimamos deliberadamente
Somos parte da malha dessa corrente
que se enlaça
no elo triunfante dos anéis
Eu tu e as palavras
Sonorizamos o destino na história
Somos por direito
o par mais inusitado na memória
Que a singularidade de duas sílabas um dia ousou alcançar
Eu tu e as palavras
Soubemos que conjugados poderíamos tocar no fundo
Acreditamos piamente em pequenos nadas...
Como o olhar que acordado deixa escapar tantos segundos
E entrelaçados seguimos a nossa composição
Crentes que o presente só será presentemente se num futuro adjacente
as carícias tiverem sempre e sempre
ao alcance do toque das nossas mãos
Eu tu a as palavras
segunda-feira, 21 de março de 2016
BUCÓLICO
Da inércia à acção
Do concreto à imaginação
Há um fogo que nos devora
Da justiça ao acertado
Da desculpa ao errado
Há um vento que nos alimenta a chama
Da paixão ao amor
Do frio ao calor
Há uma razão onde moram as emoções
Da fome ao sustento
Do arrepio ao alimento
Há sempre um tempo
Há sempre um novo dia
Há sempre um momento em que a demagogia entorpece...
E o que fica, fica e cresce
Entranhado a um corpo cansado por se debater
Do concreto à imaginação
Há um fogo que nos devora
Da justiça ao acertado
Da desculpa ao errado
Há um vento que nos alimenta a chama
Da paixão ao amor
Do frio ao calor
Há uma razão onde moram as emoções
Da fome ao sustento
Do arrepio ao alimento
Há sempre um tempo
Há sempre um novo dia
Há sempre um momento em que a demagogia entorpece...
E o que fica, fica e cresce
Entranhado a um corpo cansado por se debater
sábado, 19 de março de 2016
EMOÇÕES
O interesse só por si não sorri
O interesse só se potencia e é relevante
quando espectante é o alivio de uma fraqueza
que se enobrece dentro de ti
quarta-feira, 16 de março de 2016
PRECONCEITO
Vai atrás dos receios!
Impõe a tua voz ao pensamento.
São mais os caminhos que ficam do que aqueles que te levam a quaquer lugar.
Não tenhas receios de voltar a fazer,
não tenhas medo de voltar a tentar.
Nunca foi desprestigiante concertar um erro.
Volta sempre se houver vontande de o emendar.
Não te vergues à frustração.
Começar de novo pode até bem ser a opção mais correcta.
Há vinhos que esquecidos se tornam apetecidos e venerados das suas colheitas de então.
Há sempre uma volta a dar para remediar o que ficou para trás.
Tudo depende unicamente de ti, porque razão se vive com um não na incerteza de se recear um sim?
Vamos fazer de novo ou vamos fingir que somos capazes de assumir, sem processar nem admitir o primeiro passo à direcção?
Impõe a tua voz ao pensamento.
São mais os caminhos que ficam do que aqueles que te levam a quaquer lugar.
Não tenhas receios de voltar a fazer,
não tenhas medo de voltar a tentar.
Nunca foi desprestigiante concertar um erro.
Volta sempre se houver vontande de o emendar.
Não te vergues à frustração.
Começar de novo pode até bem ser a opção mais correcta.
Há vinhos que esquecidos se tornam apetecidos e venerados das suas colheitas de então.
Há sempre uma volta a dar para remediar o que ficou para trás.
Tudo depende unicamente de ti, porque razão se vive com um não na incerteza de se recear um sim?
Vamos fazer de novo ou vamos fingir que somos capazes de assumir, sem processar nem admitir o primeiro passo à direcção?
terça-feira, 15 de março de 2016
AMBÍGUO
que eu já nem sei...
Se sou
Se sou
na realidade alguém
Ou se for
então apenas serei,
um homem a fugir de tanta contrariedade
sábado, 12 de março de 2016
UM GOSTAR OPTIMISTA
A maior loucura do homem é amar
É gostar tanto, tanto, tanto
e no entanto, não se fartar !
É gostar das formas
Das protuberâncias
Dos cutovelos
E até dos pêlos
É viajar constantemente
numa onda delirante de apelos
E mesmo sem ser conrespondido, assim ficar
Ficar só por haver
Ficar mesmo que a perecer
Ficar só por se amar
Àh como eu gostava só de gostar
Só de fingir
Só de provar
Sem me dar conta
Sem me deixar acanhar pelo que me amedronta
E apenas me deixar levar, se no final das contas
houvesses tu e o luar, para me cingir
Àh como eu gostava só de gostar...
É gostar tanto, tanto, tanto
e no entanto, não se fartar !
É gostar das formas
Das protuberâncias
Dos cutovelos
E até dos pêlos
É viajar constantemente
numa onda delirante de apelos
E mesmo sem ser conrespondido, assim ficar
Ficar só por haver
Ficar mesmo que a perecer
Ficar só por se amar
Àh como eu gostava só de gostar
Só de fingir
Só de provar
Sem me dar conta
Sem me deixar acanhar pelo que me amedronta
E apenas me deixar levar, se no final das contas
houvesses tu e o luar, para me cingir
Àh como eu gostava só de gostar...
quarta-feira, 2 de março de 2016
INTUIÇÃO
Quem nunca sentiu um aperto no peito ?
Um queixume
Um arrepio
Um pressentimento...
Capaz de devastar o que era tão certo por dentro.
Um amor
Uma paixão
Um frio
A nublar o azul de cinzento
Um receio
Um ardor
Uma moinha
Quem nunca se sentiu frágil nesses trémulos momentos?
A perscrutar a sinfonia de um pingo a afiar a estalactite do medo.
A bizarra contrariedade a antecipar,
um sofrer mais cedo.
Telepatia imoral de um instinto carnal tão devasso e pecador.
Quem nunca andou ao sabor desse vento?
Quem nunca violou um risco ao pensamento?
Quem nunca se enrolou num sexto sentido,
mesmo sem nunca ter sido, necessáriamente mulher?
Um arrepio
Um pressentimento...
Capaz de devastar o que era tão certo por dentro.
Um amor
Uma paixão
Um frio
A nublar o azul de cinzento
Um receio
Um ardor
Uma moinha
Quem nunca se sentiu frágil nesses trémulos momentos?
A perscrutar a sinfonia de um pingo a afiar a estalactite do medo.
A bizarra contrariedade a antecipar,
um sofrer mais cedo.
Telepatia imoral de um instinto carnal tão devasso e pecador.
Quem nunca andou ao sabor desse vento?
Quem nunca violou um risco ao pensamento?
Quem nunca se enrolou num sexto sentido,
mesmo sem nunca ter sido, necessáriamente mulher?
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016
UNIVERSAL
Não procures entender a felicidade,
sem antes conhecer a razão das tuas alergias
Percebe se te faz falta levar à boca...
terça-feira, 19 de janeiro de 2016
BIPOLAR
Se no meio do nada és desconfiada e queres procurar, então procura
Investiga, desconfia...Acha!
Depois no meio da desgraça não me digas que não te avisei
Isto não é uma lição, uma reprimenda, nem tão pouco quero invocar aqui uma lei
É apenas a ordem, um desajuste humano que num estado de bem, o mal quer encontrar.
Não te deixes alienar
Não queiras encontrar de forma demente a loucura
Não queiras entregar "de barato" aquilo que te faz bem
Sabe que o colo de uma mãe nem tudo cura
Agora se quiseres desconfiar então procura
Um dia não digas é que não te avisei
É mais fácil viver no meio da desgraça do que na graça de viver bem.
99% do que constatamos são enredos que recriámos, em parceria com o sr. Medo.
Depois no meio da desgraça não me digas que não te avisei
Isto não é uma lição, uma reprimenda, nem tão pouco quero invocar aqui uma lei
É apenas a ordem, um desajuste humano que num estado de bem, o mal quer encontrar.
Não te deixes alienar
Não queiras encontrar de forma demente a loucura
Não queiras entregar "de barato" aquilo que te faz bem
Sabe que o colo de uma mãe nem tudo cura
Agora se quiseres desconfiar então procura
Um dia não digas é que não te avisei
É mais fácil viver no meio da desgraça do que na graça de viver bem.
99% do que constatamos são enredos que recriámos, em parceria com o sr. Medo.
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