domingo, 10 de abril de 2016

A (IM)POSSIBILIDADE

A vida é uma constância que pulsa intermite, é
uma constante a pulsar que no pulso palpita ininterruptamente. Por vezes é madrasta finge-se de casta, mas é fodida. Literalmente é possível... mas é imensamente fodida.
A cada esquina que se espreita auguram-se impossibilidades de serem possíveis,
impossibilidades essas, de serem palpáveis no nosso quotidiano,
impossibilidades de serem nossas as "vossas vidas",
impossibilidades de serem em vida os sonhos que nos devemos.
A vida é tremendamente fodida...
A vida é tremenda porque é possível.
Sim, só é fodida porque é possível!
Se há impossibilidades a possibilidade existe, logo é possível. O que não é possível (isso sim é uma impossibilidade) é ter a possibilidade nas mãos e não a abraçar com carinho,
é ter a possibilidade de dizer e calar por receio,
é ter a possibilidade de assumir e fugir por cobardia,
é ter a possibilidade de ser forte e desfalecer de braços cruzados,
é ser possível correr por outros caminhos e apenas caminhar na mesma via,
é ter a possibilidade de viver e andar por cá só para se amortecer nas impossibilidades.
Tudo o que existe é possível, se há, é porque existem possibilidades.
Se insistimos nos dias por viver é porque sem dúvida somos mais do que possibilidades de sofrer, de meras arritmias (in)temporais.

Arriscas a possibilidade?

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