quinta-feira, 5 de maio de 2016

PERSPICUIDADE

Componho pensamentos atordoados e
imprecisos.
Histórias sem horas definidas de se fazerem datar
Segredos corrompidos num diário adormecido
Sequélas que não passam a tempo de no imediato se fazerem constar
Poeiras que não assentam no pó, dão enredo ao medo da direção.
Paixões que não vencem os caminhos melancolizam o sentido.
Noites a sós na toca do bandido
Emoções sem abrigo nem sentido nenhum...

Toda a espécie de frustração deveria ter uma pasta de arquivo
Uma pasta multicolor
Para que assim, arrumados os traumas, não criassem qualquer tipo de alarido
Nem torpor
De debitarem um rasto tão gasto de lucidez

Valha-me ao menos o descernimento para que de tempos a tempos, a capacidade intrínseca do pensamento resvale por entre as palavras, enquadradas na frase, de uma imaginaria constatação



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