sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

ARTE




Se a arte não substanciar a vida

Os sonhos seram apenas saudade

Uma lembrança sem esperança de na realidade,

haver emoções nas protuberâncias dos gestos

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

EQUAÇÕES

Há quem chame à vida um tempo
Um espaço, um momento, uma dádiva um sonho
Há quem chame ao despertar uma ilusão
Por se induzir num movimento ou não...
À passagem de um novo dia
Há equações de sintonia a lecionarem propositadamente o mundo
Há sentimentos quânticos a tocarem de norte a sul, lá no fundo
Há curvas erróneas nos retrovisores do momento,
a pingarem ininterruptamente um sabor a vermelho
Há céu, há mar, há sol, há vento
Há possibilidades de haver nas migalhas alimento
Há perdão no pulsar de histórias arrependidas
Há força na memória para que pesadas ou adormecidas,
uma erupção se insurja
Há marés que naufragam timidas nos pés,
confiantes e nuas de agasalharem a terra
Há esperança num amanhã que as formigas trabalhem de novo
Há magia a assegurar monotonia e a ignorância de um povo
Há desejos há fome há solidão há sempre um tempo
A gerar tonalidades no cinzento e a conceder novas estações à Primavera