Um arrepio
Um pressentimento...
Capaz de devastar o que era tão certo por dentro.
Um amor
Uma paixão
Um frio
A nublar o azul de cinzento
Um receio
Um ardor
Uma moinha
Quem nunca se sentiu frágil nesses trémulos momentos?
A perscrutar a sinfonia de um pingo a afiar a estalactite do medo.
A bizarra contrariedade a antecipar,
um sofrer mais cedo.
Telepatia imoral de um instinto carnal tão devasso e pecador.
Quem nunca andou ao sabor desse vento?
Quem nunca violou um risco ao pensamento?
Quem nunca se enrolou num sexto sentido,
mesmo sem nunca ter sido, necessáriamente mulher?
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