segunda-feira, 12 de agosto de 2013

A ESSENCIA FRUTA

De tanto escolher...
A fruta ficou moída
A fome sumida
E hoje é ela quem apodrece
Numa fruteira de cozinha
Sem cor nem cheiro
para adornar sozinha
Todo o compartimento de uma cesta

Podia ter sido um sonho
Ser tudo tão diferente
Certamente que a coerência
hoje assim o diz
Mas agora e sem um final feliz
Tudo parece ter sido em vão
As suas forma perderam a razão
Já ninguém a quer morder
Agora só lhe resta compreender
Resta-lhe acreditar
E rezar
Orar, orar, orar, orar...
Para que a oração
traga no caroço a grainha fértil
E de novo a canção
seja entoada
Na forma resplandecente e dourada
de um rebento que já foi fruto
E que hoje
é a estrutura de uma árvore  que se eleva
Atenta ao solo que a substancia

Nada mais vulgar e tóxico
é aquele que se eleva
sem bases solidas que o humanizam

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