adornam evidencias tão exactas
E os dias são tão claros
quando o céu não se carrega de nuvens
Cá em baixo já só restam as folhas
espalhadas pelo chão
O sensato
ficou baralhado sem se achar
Continuando a ousar
Itinerários secundários
A frontalidade deveria ser o caminho
E tudo seria tão diferente...
De outra forma
Menos presente
Mais a condizer com o prazer que nos escapa
Na boca já só cabe o pecado
O saudável passou a ser insano
e o sentimento esse cigano
Desses que carregam a sua carroça
iludindo tudo e todos
em mais uma cantiga
De barriga para o ar e de pés cruzados
Os dias jazem amarrados
inertes e desengonçados
À espera que alguém os estique
A culpa essa
Um dia ganhará sabedoria
Será acção
Quando a desculpa definhar
e o tempo acatar
fazer as pazes com o rancor
Que se lavrou outr`ora uma vida
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