"Sabes o quanto te amo!
...Tanto."
Ele olhou para as palavras, descordenadas dos seus sinais de pontuação, e de imediato, elaborou a resposta com a seguinte pergunta:
"Sabes-me quantificar o quanto?"
Os sorrisos rasgaram-se...
Com a resposta a ser escrita num ápice cheia de vontade para não largar esta sintonia, tal era a melodia da efervescência do fundeou do jantar e a graduação do vinho que no paladar já se fazia sentir
"Tanto !!"
Rubricou ela nesse instante num papel rectangular, para dar ritmo e veículo à mensagem neste jogo das emoções.
"O tanto nunca foi quanto para quantificar ;-)"
Entregando-lhe o papel de seguida elaborando um smile de um piscar de olhos, insitando-a assim a ir ao fundo para completar o diálogo
"Sabes quantificar o meu tanto?"
Respondeu ela por fim
Ele bebeu o copo de tinto e para finalizar repondeu-lhe assim:
" Só sei quantificar a sonhar, pois é assim que me deixas a levitar, sempre e sempre, quando te alcanço"
A lingerie, de lá até aqui, ficou espalhada pelo chão, um rolex e um iphone foram atirados ao acaso para cima da cómoda, a cama redonda fora arredondada ao extremo e no tecto agora reflectidos e alcançados num espelho, projectava o sereno dos corpos abraçados por inteiro, adornando a decoração de um quarto em tons de vermelho, algures na periferia da cidade. Onde já alta e tarde a madrugada se vestia, com o dia daquela manhã já a espreitar, para ser igual mas tão diferente na vida de tanta gente que nunca ousa escrever o que sente, num simples guardanapo de papel, com tanta certeza nem com tantos pontos de exclamação.
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