Há dores que incomodam sem doer
Há vidas que se arrastam sem viver
E há um azul do céu que nos faz crer que há tempos para lá das suas constelações
A realidade é uma dor que não dói mas que corroi a imaginação
Por isso a poesia é tão palpitante
Com uma direcção tão plena e inebriante, de possibilitar abrigo ao apetecido dos gestos
Se o mar hoje, não beijar a terra e se o céu lá em cima não for o tecto do dia para nos abrigar o que será do amanhã quando a nortada da dor, em seus ventos nos castigarem ?
Sem comentários:
Enviar um comentário