domingo, 1 de junho de 2014

INSTANTES





A perspectiva nem sempre te assiste
Ainda que insistas em te perspectivar

As formas têm um ângulo exacto
Ainda que excêntricos sejam os seus cantos

Os momentos não existem certos ou errados
O que adorna o tempo são as definições


Divagações cogitam para o espaço, como o branco afoito de um instante, que há pouco num quase nada não o emendei...

Os melhores pensamentos que tive na vida foi enquanto sonhava
e não me importava de os suster ou manter se não dormir
Para deixar fluir
toda a amálgama em mim depositada
A dormir talvez simplifique as agruras na sua causa
Formantando a unidade
Ainda que o saiba, todos os dias me complico...
Em mais uma ida tardia para a cama

Todo o pensamento que não me tira daqui e não me faz fluir ou dormitar,
são pensamentos que apenas me roçam sem arranhar
Assomando instantes rápidos e indeléveis, a se deciparem

Traço após traço vou compondo cada uma das minhas olheiras
para que cada olho tenha o seu beiral
Que modéstia e á parte nem me ficam nada mal
para justificar o redondo dos meus olhos precisos


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