segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

2013






Todos os anos há uma ponte ilusória que liga 365 dias a um futuro que está por vir
Todos os anos há uma festa para inaugurar esta ponte que nos aproxima...
Não da outra margem, mas de nós
Da réstia de verdade que nos caracteriza
Todos os anos por esta altura há uma festa
para comemorar um quê
que ninguém sabe...
Mas todos o sabem invocar pelo nome

Ano Novo
Quimera de ser o que não é
ignorando um velho que ficou para trás
já bem gasto de sonhos
Chamam-lhe de Ano Novo
Na ilusão imensa do desconhecido
que valoriza um tudo o que cresce
e pune um todo o que míngua
Ano Novo para tentar superar e esquecer o ano que passou
No balancete que se perfaz
a cada final de ano
Onde a factura é penosa
e o défice imenso
na discrepância entre a apatia e a valorização

Para 2013 a minha mensagem é simples
como simples é a minha vontade de simplificar
Faço votos para que possam haver
bem mais noites do que dias
Menos matemática e mais poesias
Mais espontaneidade e menos ponderações
Menos desigualdades...
E mais emoções
Para os corações eternamente vitimas
Das mãos que se afastam de um abraço


Um óptimo 2013


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