sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

MONÓLOGO

Do núcleo ao infinito
só um amor saberá pesar
este meu grito
Num universo interior
pelo qual eu me sinto...
Em corpo periférico
e ignorante
Através do qual eu me minto
Que a coragem de criança
ficou guardada algures na lembrança
de um complexo momento
Em que atiramos as culpas ao tempo

Cobarde-mente oculto este meu grito
Compondo naturezas mortas
Sem eco nem gizo
Sem ira nem valentia
Na qual eu me rendo
Sempre que por um conselho me escondo...
E me defendo

Desculpas sem haverem culpas
Culpados sem haverem desculpas
Oh ignorância de ser
De entregar-se ao escuro
o desejo
Na ilusão parca de viver

Prudente e sorumbático
sou o artesão dos cacos
Varridos...
Pedaços estes
outr`ora vivos
De uma memória
que faz história
Por entre reflexos
... Paralíticos



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