o repentino do toque
Num arrepio efervescente
Que provoque na carne faminta e carente
O selvagem a querer-se nu
A crer-se crente
A crer-se ser, já !
A noite é da fome que a gula dorme de dia
É da luxúria,
e desse desejo enorme
de sodomizar a fundo a apatia
Que regram as privações e as vontades... Cobardes !
Que choram por dentro outras realidades
Num grito reprimido de um sempre apetecido
e comumente vandalizado
A noite cresce obscena, ao sabor de utopias
Intensidades rítmicas propagam-se no eco
em sonorizando histerias
Grunhidas a quente
De corpos que se ardem dormentes
Que se escorrem em látexs molhados, por pingos de suor salgados
Em carências sem fim
A noite é o covil das sombras que se querem gente
É o escuro das formas a empurrar os gestos lânguidos...
Indecentes
Em busca de em seus passos poder alcançar
É o profanar a realidade incompreendida, ao extremo
E pisar sem se importar o arame farpado vermelho vivo e pleno
Do electrizante e tórrido vivo da chama
A noite é o covil das sombras que se querem quentes!
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