sexta-feira, 20 de agosto de 2010

gratidão quem és tu?



Ansioso impávido e tranquilo
Adestramos o arrepio até num olhar
Desfolhamos os sorriso dos outros
Em paginas cor de rosa
Em satisfações soluveis num copo de agua

A porta abre-se e enfrentamos o mundo lá fora
Ao longe avistamos as sombras dos outros
Vestimos os traços, encaramos um ponto de referencia
E fazemos de conta...
Que a pressa anda de mão danda com a competencia

A prespectiva invade-nos como direito próprio
A razão capacita-se de discernimento e lucidez
O singelo e inocente ganham telhados sem estruturas
Na complexidade que buscamos
Sem algum dia sequer, saber tirar algum proveito da terra

A desorganização toma conta da inocencia
E a criança perdida na ingenuidade,
pergunta e aponta o dedo
ao vulto disforme que se aproxima oferecedo-lhe o regaço

Olá gratidão quem és tu?
Que ficas a olhar sob reflexo do espelho
para a figura cambaleante do mendigo
que se arrasta para mais um não na longa fila de carros
Serás tu gratidão?
Quando em natais valorizas o que ao longo do ano calas
Define-te lá tu gratidão...
Que apertas mais e mais o sinto á barriga,
que mingua ao ritmo da pulsação
Para que sejas gratidão é preciso reconhecimento de alguem?
É necessário que confessem o bem que se nos fez?

Eu cá sou criança e já só quero esclarecer a pureza que me foi roubada

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