segunda-feira, 13 de abril de 2015

CASTA VADIA

O mais belo dos poemas, é de casta vadia
Não se lhe conhecem parentescos
Fora em tempos gerado na boemia

Tráz em seu ode a direção mais exacta com que inrompe entranhas e ventos
Não é feito de tristezas nem lamentos
Tem a composição sabe-se lá vindas de onde

Há quem diga que são as palavras que rimam com o silêncio
Há outros que o destinguem, por sentido dar á direção
Há ainda quem o sublime na graça do divino
E há aqueles que dão atino à criação, relevo, por não o julgar

O mais belo dos poemas é de casta vadia
Sabe-se apenas que evoca sintonia sem necessariamente ter que rimar
Sabe-se também que substância, sem precisar de ser alimento, num ter que morder, ou mastigar
Sabe-se que no fundo perdura, furando a barreira do tempo
Criando nas palavras argumentos... Num gostar,
que a pulsar a historia não olvida

Sem comentários:

Enviar um comentário