terça-feira, 25 de março de 2014
INQUIETUDE
Á espera de um alento, há sempre alguém
Com vontade de partilhar o seu tormento até ao fundo
Á espera de um gesto, existes tu
Com o dever de construir e criar obra, educando a criação
Á espera do norte existe uma vida
Toda ela feita na desmedida, numa lógica de salvação
A inquietude é uma espera, que em dado momento o tempo te jura
sábado, 22 de março de 2014
VIRTUAL
Todos os dias desejo os parabéns a alguém...
Dou os bons dias a uma centena de pessoas...
Entro na casa dos outros sem pedir licença...
Leio uma dezena de conversas sem ter "uma deixa" para entrar em cena...
Viajo sem deslocar um átmo da minha existência...
Encho a barriga com os olhos, mesmo que não sinta o paladar e o odor, com pratos apetitosos de cor...
Contemplo quando uma relação se desmorona e até sei da luminosidade dos foguetes, que no ar iluminam estratégias, para ver, onde vão parar as canas...
Vislumbro uma imensurável vaga de novos escritores, quase todos diplomados em copy page...
Sou convidado a curtir sem fumar nem beber ( nem sequer, uns meros acepipes), um milhão de páginas egocêntricas...
Converso sem querer errar a gramática mas erro na forma que um dialogo não permite, com respostas fora do tempo...
Mesmo que não tenha grande afinidade com alguém sou convidado a "saltar à corda" com jogos que nem ao cão da vizinha suscita curiosidade...
Mas desejo também boas noites sempre antes de ir dormir, mesmo que a seguir eu nem vá para a cama
O mundo virtual, pode ser um pouco mais...eu sei !
Mas o que eu sei e tenho a certeza é que o tempo é o bem mais precioso que existe á face da terra
E que o virtual é apenas uma forma desperdiçada de sorrir, sem ter a seguir, a grandeza de um momento
(...)
Bem... Vou ali tirar uma foto e já venho
Dou os bons dias a uma centena de pessoas...
Entro na casa dos outros sem pedir licença...
Leio uma dezena de conversas sem ter "uma deixa" para entrar em cena...
Viajo sem deslocar um átmo da minha existência...
Encho a barriga com os olhos, mesmo que não sinta o paladar e o odor, com pratos apetitosos de cor...
Contemplo quando uma relação se desmorona e até sei da luminosidade dos foguetes, que no ar iluminam estratégias, para ver, onde vão parar as canas...
Vislumbro uma imensurável vaga de novos escritores, quase todos diplomados em copy page...
Sou convidado a curtir sem fumar nem beber ( nem sequer, uns meros acepipes), um milhão de páginas egocêntricas...
Converso sem querer errar a gramática mas erro na forma que um dialogo não permite, com respostas fora do tempo...
Mesmo que não tenha grande afinidade com alguém sou convidado a "saltar à corda" com jogos que nem ao cão da vizinha suscita curiosidade...
Mas desejo também boas noites sempre antes de ir dormir, mesmo que a seguir eu nem vá para a cama
O mundo virtual, pode ser um pouco mais...eu sei !
Mas o que eu sei e tenho a certeza é que o tempo é o bem mais precioso que existe á face da terra
E que o virtual é apenas uma forma desperdiçada de sorrir, sem ter a seguir, a grandeza de um momento
(...)
Bem... Vou ali tirar uma foto e já venho
segunda-feira, 17 de março de 2014
INCÓGNITA
Porque me escrevo não sei
Apenas me cálculo...
Como é sempre um cálculo
a matemática que brota de mim
Conjecturas com fundamento incerto
calculam hipóteses num árido deserto
De haver algures água
E porque não um jardim ?
Suposições aromáticas das cores
Histórias dramáticas imprecisas
Dias descritos sem louvores
Delírio do corpo que me abrigas
Escrevo sem discernir o gesto
Componho sem premiar um depois
Adorno o pormenor de todo o resto
Arrastando singularidades num... caberem dois
Porque me escrevo, não sei
Apenas me cálculo
Como é sempre um cálculo
as matemáticas que assomam de um X
Apenas me cálculo...
Como é sempre um cálculo
a matemática que brota de mim
Conjecturas com fundamento incerto
calculam hipóteses num árido deserto
De haver algures água
E porque não um jardim ?
Suposições aromáticas das cores
Histórias dramáticas imprecisas
Dias descritos sem louvores
Delírio do corpo que me abrigas
Escrevo sem discernir o gesto
Componho sem premiar um depois
Adorno o pormenor de todo o resto
Arrastando singularidades num... caberem dois
Porque me escrevo, não sei
Apenas me cálculo
Como é sempre um cálculo
as matemáticas que assomam de um X
domingo, 16 de março de 2014
TIC TAC DO TEMPO
Há tempos, via as horas a passar por mim com mais minutos
Antigamente as tardes pareciam mais longas, e haviam dias que para passar pareciam meses
As estações eram tão mais vincadas de cor, que a terra quando molhada emprestava mais cheiro ao verde
que brotava, das paredes... Um musgo que deixou de constar nos presépios
Lembro-me como se fosse hoje
As manhãs eram vividas até ao fundo, com tanta fome que um prato não chegava para saciar tamanho apetite
Lá atrás via o meu mundo a pulsar, tão devagar, que as horas ganhavam o odor das amoras, a brotar das silvas
Os aniversários esses, eram tão precisos, que a idade com sorte só chegava lá bem pró final ano
Será que o tempo mudou ?
Ou fui eu que me esqueci de acertar as horas ?
Será o tempo curto, que nunca chega ?
Ou sou eu que raramente me chego... A chegar mais próximo de mim ?
Será o tempo que corre de sapatilhas ?
Ou sou eu que calço as sapatilhas e sigo por aí caminhando ?
Da próxima vez que me cruzar com o tempo vou-lhe medir o pulso e anotar o ritmo no papel
Assim serei talvez capaz de me aproveitar, quando o vir por aí a pular, desalmamente pela melodia do tic tac dos ponteiros
Antigamente as tardes pareciam mais longas, e haviam dias que para passar pareciam meses
As estações eram tão mais vincadas de cor, que a terra quando molhada emprestava mais cheiro ao verde
que brotava, das paredes... Um musgo que deixou de constar nos presépios
Lembro-me como se fosse hoje
As manhãs eram vividas até ao fundo, com tanta fome que um prato não chegava para saciar tamanho apetite
Lá atrás via o meu mundo a pulsar, tão devagar, que as horas ganhavam o odor das amoras, a brotar das silvas
Os aniversários esses, eram tão precisos, que a idade com sorte só chegava lá bem pró final ano
Será que o tempo mudou ?
Ou fui eu que me esqueci de acertar as horas ?
Será o tempo curto, que nunca chega ?
Ou sou eu que raramente me chego... A chegar mais próximo de mim ?
Será o tempo que corre de sapatilhas ?
Ou sou eu que calço as sapatilhas e sigo por aí caminhando ?
Da próxima vez que me cruzar com o tempo vou-lhe medir o pulso e anotar o ritmo no papel
Assim serei talvez capaz de me aproveitar, quando o vir por aí a pular, desalmamente pela melodia do tic tac dos ponteiros
sexta-feira, 14 de março de 2014
PULL THE TRIGGER
Com um tiro na cabeça resolvia-se tudo !
Com um tiro na cabeça simplificavam-se tantas coisas
Com um balázio á queima roupa desnudávamos o fundo
Resolviam-se frustrações,
os amores, as invejas, as ilusões
o poder, a fome, o dever,
a dor, a angustia, o viver
a saudade, os sonhos, a liberdade
os receios, os tormentos, os devaneios
E até um futuro...
Mas andar resolvido, também é por assim dizer, andar só uns degraus acima do morrer
É andar morto e rendido, desfalecido de um viver
É boiar em alto mar sem saber bem onde atracar, as cordas ao caís
É viver só por respirar, um fluxo de ar, que ordene ás pálpebras a abertura das membranas
É acomodar-se em demasia ás regras, sem nunca tocar no apetecido
É viajar sob a estrada de alcatrão, perdido, desmotivado e vandalizado pela cotação do barril de petróleo
São intempéries de dias banais que nunca chegam a roçar os festivais das diabruras, com tons de traquinice
Vamos simplificar ?
Ou queres-te resolver ?
Pull the trigger !
Há sempre alguém que lhe convém, roubar-te o espaço
Há sempre uma coragem guardada e mal resolvida...
Suicida ?
Não...
Suicida não é aquele que se mata
Suicida é aquele que se entrega numa bandeja de prata
Escória que para alcançar a glória,
penhora os seus próprios valores
Pagando o juro com favores
Em troca de uma dignidade
Á muito bandida
Pull the trigger?
Com um tiro na cabeça simplificavam-se tantas coisas
Com um balázio á queima roupa desnudávamos o fundo
Resolviam-se frustrações,
os amores, as invejas, as ilusões
o poder, a fome, o dever,
a dor, a angustia, o viver
a saudade, os sonhos, a liberdade
os receios, os tormentos, os devaneios
E até um futuro...
Mas andar resolvido, também é por assim dizer, andar só uns degraus acima do morrer
É andar morto e rendido, desfalecido de um viver
É boiar em alto mar sem saber bem onde atracar, as cordas ao caís
É viver só por respirar, um fluxo de ar, que ordene ás pálpebras a abertura das membranas
É acomodar-se em demasia ás regras, sem nunca tocar no apetecido
É viajar sob a estrada de alcatrão, perdido, desmotivado e vandalizado pela cotação do barril de petróleo
São intempéries de dias banais que nunca chegam a roçar os festivais das diabruras, com tons de traquinice
Vamos simplificar ?
Ou queres-te resolver ?
Pull the trigger !
Há sempre alguém que lhe convém, roubar-te o espaço
Há sempre uma coragem guardada e mal resolvida...
Suicida ?
Não...
Suicida não é aquele que se mata
Suicida é aquele que se entrega numa bandeja de prata
Escória que para alcançar a glória,
penhora os seus próprios valores
Pagando o juro com favores
Em troca de uma dignidade
Á muito bandida
Pull the trigger?
quinta-feira, 13 de março de 2014
terça-feira, 11 de março de 2014
ALINHAR
Alinhas ou não alinhas ?
Não há outra forma nem meio de haver um todo
se não alinhares !
Para juntos formarmos pontos
As linhas hão-de haver se cruzar
E só assim, uma malha se vai compondo
Fazer à pressa, é esboçar
É tracejar o traço que se quer vincado...
Com vagar !
É um alinhavar arremendado, para a rotura
Se há rede e tens cobertuda
Então alinha !
Pontua a rigor todo pormenor
Para que ao redor do ponto, não hajam falhas
Num entrelaçar da malha
que não dá tréguas
Que ao alinhar-se, se vai compondo...
Alinhas ?
WAKE UP
A felicidade não é feliz só quando é preciso
A felicidade não se inebria por comodidade
Por um "dá cá aquela palha"
A felicidade é realmente feliz quando gargalha
Quando desalmadamente e sem planos se promovem o encontro das emoções
Felicidade que contida não gargalha, não é felicidade !
É somente "o apenas" que nunca chega a ser o todo que inebria
A felicidade não se inebria por comodidade
Por um "dá cá aquela palha"
A felicidade é realmente feliz quando gargalha
Quando desalmadamente e sem planos se promovem o encontro das emoções
Felicidade que contida não gargalha, não é felicidade !
É somente "o apenas" que nunca chega a ser o todo que inebria
sábado, 8 de março de 2014
DIA DA MULHER
Hoje o dia é vosso !
Parabéns a todas as mulheres que se sentem e são femininas
Parabéns a ti mulher dona e senhora do ventre que nos acolhe
Parabéns mulher pelo que foste,
pelo que serás
e seguramente pelo que és
pelo que serás
e seguramente pelo que és
Rainha e Princesa sempre dona de um sonho que é nosso
sexta-feira, 7 de março de 2014
AGUARELAS
Todo um acordar desagua no amor
Tudo na vida, tem uma réstia de ti
Voo de borboleta de flor em flor
Corpos desajeitados à espera de um fim
Olhos que se abrem e se escondem
Passos que se atropelam sem saber
Pensamentos amachucados que não respondem
Gente indiferente por assim o ser
Uma felicidade sempre imperfeita
Enciclopédias vazias de conhecimento
Ganancias cobiças e invejas
Homens corruptos por sustento
Os dias arrefecem sem o crer
Sorrisos gaivotam sem os compores
Telas de aguarelas de mil afazeres
Imprevisíveis os tons, na aglomeração das cores
Tudo na vida, tem uma réstia de ti
Voo de borboleta de flor em flor
Corpos desajeitados à espera de um fim
Olhos que se abrem e se escondem
Passos que se atropelam sem saber
Pensamentos amachucados que não respondem
Gente indiferente por assim o ser
Uma felicidade sempre imperfeita
Enciclopédias vazias de conhecimento
Ganancias cobiças e invejas
Homens corruptos por sustento
Os dias arrefecem sem o crer
Sorrisos gaivotam sem os compores
Telas de aguarelas de mil afazeres
Imprevisíveis os tons, na aglomeração das cores
quarta-feira, 5 de março de 2014
LIVREDADE *
A liberdade não é democrática !
A liberdade não pode ser livre,
quando se inflige,
o espaço com as regras
A liberdade então só pode ser anárquica
Livre solta rebelde e isenta de uma qualquer condição
A democracia é apenas uma teoria, para sobornar as mentes desfavorecidas
A liberdade é anti democrática !
É uma tirania que nos gestos se abriga, sem contemplação
Vamos ser livres e voar para bem longe daqui ?
Vamos falar de tudo o que nos entope a garganta ?
Ou vamos correr...
E dar quilometros à inércia que nos acomoda, a um Passado democrático ?
(...)
* "...antes do 25 de Abril não haviam tantos políticos ! " ...exclamou o meu pai, ao ver o telejornal
Daí nasceu este texto, que nada tem a ver com anarquia se não com esta demagogia de iludir um povo com democracia sendo ele por sinal o menos soberano
A liberdade não pode ser livre,
quando se inflige,
o espaço com as regras
A liberdade então só pode ser anárquica
Livre solta rebelde e isenta de uma qualquer condição
A democracia é apenas uma teoria, para sobornar as mentes desfavorecidas
A liberdade é anti democrática !
É uma tirania que nos gestos se abriga, sem contemplação
Vamos ser livres e voar para bem longe daqui ?
Vamos falar de tudo o que nos entope a garganta ?
Ou vamos correr...
E dar quilometros à inércia que nos acomoda, a um Passado democrático ?
(...)
* "...antes do 25 de Abril não haviam tantos políticos ! " ...exclamou o meu pai, ao ver o telejornal
Daí nasceu este texto, que nada tem a ver com anarquia se não com esta demagogia de iludir um povo com democracia sendo ele por sinal o menos soberano
DELÍRIOS
Tudo o que me incomoda é um sorriso
Um rasgo impreciso da boca
Um olhar que me roça sem tocar
A direcção da tua voz perpendicular
O teu respirar tão distante do meu
Embaraço-me sem me denunciar
Respiro fundo sem me abastecer
Dou voltas à cama, na ânsia de te encontrar
Acomodando-me ao ciúme sem me fortalecer
Argumento expectativas improváveis
Errantes realidades vistas daqui
Delírio do desejo ao avistar miragens
Oásis de solidão ao ter-te longe de mim
Todos os dias acordo sem me levantar
De olhos abertos, observo, sem necessariamente depreender
Que o que me incomoda persiste em me chamar
ao cerne da questão, no presente, de um verbo haver
Um olhar que me roça sem tocar
A direcção da tua voz perpendicular
O teu respirar tão distante do meu
Embaraço-me sem me denunciar
Respiro fundo sem me abastecer
Dou voltas à cama, na ânsia de te encontrar
Acomodando-me ao ciúme sem me fortalecer
Argumento expectativas improváveis
Errantes realidades vistas daqui
Delírio do desejo ao avistar miragens
Oásis de solidão ao ter-te longe de mim
Todos os dias acordo sem me levantar
De olhos abertos, observo, sem necessariamente depreender
Que o que me incomoda persiste em me chamar
ao cerne da questão, no presente, de um verbo haver
domingo, 2 de março de 2014
4 MANDAMENTOS
Envelhece a alma com calma
Para que um vento
não seja um assobio de lamentos
a ecoar sobre o teu pranto
Caminha e corre mesmo sem metas
Para que a inercia de uma insatisfação
não se acomode a um rancor
que te entorpeça os gestos
Foge...
Viaja para longe de ti
Percorre o antipodas das tuas rotinas
Sempre que o cansaço te apresente
a quenga das insónias
E dorme !
Faz do teu leito o investimento mais importante na vida
Pois é nas rugas de umas palpebras rendidas
que se sabe, quando se ama alguém
Agora repete e oração o necessário,
para que vincados e claros sejam os dias de amanhã
Para que um vento
não seja um assobio de lamentos
a ecoar sobre o teu pranto
Caminha e corre mesmo sem metas
Para que a inercia de uma insatisfação
não se acomode a um rancor
que te entorpeça os gestos
Foge...
Viaja para longe de ti
Percorre o antipodas das tuas rotinas
Sempre que o cansaço te apresente
a quenga das insónias
E dorme !
Faz do teu leito o investimento mais importante na vida
Pois é nas rugas de umas palpebras rendidas
que se sabe, quando se ama alguém
Agora repete e oração o necessário,
para que vincados e claros sejam os dias de amanhã
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