domingo, 11 de setembro de 2011
Morde-me cão
Morde-me cão
Injecta-me de raiva
Para bater de frente
com a regra infligida
Faz-me uivar cânticos
pela noite perdida
Para que no amanhã
a aurora desperte diferente
Morde-me cão
Injecta-me de raiva
Espuma da minha boca
a agonia que corrói
Castra do peito
a opressão que destrói
Para que em meus passos
eu ande direito
Morde-me cão
Injecta-me de raiva
Corta-me o sangue
Se beber for preciso
Morde-me a carne
se de fome carecer
Para escapar à demência febril
do ser...
Que ignora e cala
Morde-me cão
Injecta-me de raiva
Para fintar a dormência de tempos idos
Para agarrar momentos capazes e conseguidos
E recordar silêncios...
Encriptados na pele daqueles
Que um dia em mim ficaram
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