segunda-feira, 30 de maio de 2011

Ser único


Matas-me com a palavra
Sempre que a vírgula
Faz rimar a exclamação

Sinto-me único e absoluto
sem peias nem restrições
Sempre que misturas nos meus dias
O aroma e o gosto
... de um gesto
... de um traço
... de um olhar que é teu

Fazes-me sentir bíblico e sublime
sempre que descalço
caminho sob um mar...
Confiante que no mundo dos porquês
a imersão dos meus pés nus
flutuam na estabilidade de um passo

Imperioso e soberbo
indiferente e omnipresente
Pairo sob mim, em ti
Numa dualidade perfeita
que materializa as formas de um todo
No corpo e no espírito...
De uma alma que amanhece

Cuidando de nós
tudo fica mais próximo de se tocar
E nem o tempo é imenso
Nem as distâncias são desmedidas
Quando no imediato
se perpetuam de boas intenções

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