quinta-feira, 2 de setembro de 2010

osculo

Olhei-te num espaço de um beijo
De labios dormentes e olhos fechados
Imanavas nos traços, carinho salpicado de ternura
Exalavas genuinidade nas tuas pestanas
Prontas a segurar o desejo que filmavas entre pálpebras

Cerrei os olhos e mergulhei fundo
Pronto a entrar em cena
...na tela do teu apetite
Pronto em ser aluno exemplar
...dessa tua fonética dos sussuros
Pronto a entranhar-me em ti
No desvaneio da tua ilusão

E de novo o beijo abalou as nossas estruturas
O toque atiçou as brasas com impetuosidade
Deixando em carne viva o apetite ávido
Fazendo correr em suor,
As lagrimas da satisfação que nos hidratava o arrepio
Sequioso do aroma que nos exalava
Por entre dois corpos nus

Nisto...
Acordei no delirio de um sonho
Lembro-me que á pouco acenavas para mim
Desvairadamente quis saltar para dentro da bolha da utopia
Sem que obtive-se ressultado
Assomei a escrever no papel as cicatrizes da fantasia
Indescritível de materializar na tinta
O gosto e o cheiro na perfeição de um beijo

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