Gosto que me olhes
Que me contemples
Que me foques
E alimentes
Que me invoques
E me "penses"
Que me toques
E argumentes
Sempre e para sempre
Até que a nebulosidade me verta desse teu espaço ocular
Eu quero ser a arte de te acompanhar
Brilhante, no redondo lacrimejante das tuas pupilas
Sentes?
sexta-feira, 15 de abril de 2016
segunda-feira, 11 de abril de 2016
BABA E RANHO
O que dói não é a dor
não é um corte nem é a queda ao caír no chão.
O que dói e dói como o caralho
é a puta da frustração
De ver deitado por terra, todo um sentimento.
Quem não andar nisto para doer também anda cá a fazer, "muita poucoxinho"
Se algum dia tiver que doer ao menos que seja para verter,
baba e ranho
* Só um bom choro é capaz de livrar, um céu pejado de nuvens
domingo, 10 de abril de 2016
A (IM)POSSIBILIDADE
A vida é uma constância que pulsa intermite, é
uma constante a pulsar que no pulso palpita ininterruptamente. Por vezes é madrasta finge-se de casta, mas é fodida. Literalmente é possível... mas é imensamente fodida.
A cada esquina que se espreita auguram-se impossibilidades de serem possíveis,
impossibilidades essas, de serem palpáveis no nosso quotidiano,
impossibilidades de serem nossas as "vossas vidas",
impossibilidades de serem em vida os sonhos que nos devemos.
A vida é tremendamente fodida...
A vida é tremenda porque é possível.
Sim, só é fodida porque é possível!
Se há impossibilidades a possibilidade existe, logo é possível. O que não é possível (isso sim é uma impossibilidade) é ter a possibilidade nas mãos e não a abraçar com carinho,
é ter a possibilidade de dizer e calar por receio,
é ter a possibilidade de assumir e fugir por cobardia,
é ter a possibilidade de ser forte e desfalecer de braços cruzados,
é ser possível correr por outros caminhos e apenas caminhar na mesma via,
é ter a possibilidade de viver e andar por cá só para se amortecer nas impossibilidades.
Tudo o que existe é possível, se há, é porque existem possibilidades.
Se insistimos nos dias por viver é porque sem dúvida somos mais do que possibilidades de sofrer, de meras arritmias (in)temporais.
Arriscas a possibilidade?
uma constante a pulsar que no pulso palpita ininterruptamente. Por vezes é madrasta finge-se de casta, mas é fodida. Literalmente é possível... mas é imensamente fodida.
A cada esquina que se espreita auguram-se impossibilidades de serem possíveis,
impossibilidades essas, de serem palpáveis no nosso quotidiano,
impossibilidades de serem nossas as "vossas vidas",
impossibilidades de serem em vida os sonhos que nos devemos.
A vida é tremendamente fodida...
A vida é tremenda porque é possível.
Sim, só é fodida porque é possível!
Se há impossibilidades a possibilidade existe, logo é possível. O que não é possível (isso sim é uma impossibilidade) é ter a possibilidade nas mãos e não a abraçar com carinho,
é ter a possibilidade de dizer e calar por receio,
é ter a possibilidade de assumir e fugir por cobardia,
é ter a possibilidade de ser forte e desfalecer de braços cruzados,
é ser possível correr por outros caminhos e apenas caminhar na mesma via,
é ter a possibilidade de viver e andar por cá só para se amortecer nas impossibilidades.
Tudo o que existe é possível, se há, é porque existem possibilidades.
Se insistimos nos dias por viver é porque sem dúvida somos mais do que possibilidades de sofrer, de meras arritmias (in)temporais.
Arriscas a possibilidade?
terça-feira, 5 de abril de 2016
EU TU e as PALAVRAS
Eu tu e as palavras
Geramos um tempo único
Somos mais que nós
Demos à voz murmúrios,
capazes de se entenderem
Eu tu e as palavras
Rimamos deliberadamente
Somos parte da malha dessa corrente
que se enlaça
no elo triunfante dos anéis
Eu tu e as palavras
Sonorizamos o destino na história
Somos por direito
o par mais inusitado na memória
Que a singularidade de duas sílabas um dia ousou alcançar
Eu tu e as palavras
Soubemos que conjugados poderíamos tocar no fundo
Acreditamos piamente em pequenos nadas...
Como o olhar que acordado deixa escapar tantos segundos
E entrelaçados seguimos a nossa composição
Crentes que o presente só será presentemente se num futuro adjacente
as carícias tiverem sempre e sempre
ao alcance do toque das nossas mãos
Eu tu a as palavras
Geramos um tempo único
Somos mais que nós
Demos à voz murmúrios,
capazes de se entenderem
Eu tu e as palavras
Rimamos deliberadamente
Somos parte da malha dessa corrente
que se enlaça
no elo triunfante dos anéis
Eu tu e as palavras
Sonorizamos o destino na história
Somos por direito
o par mais inusitado na memória
Que a singularidade de duas sílabas um dia ousou alcançar
Eu tu e as palavras
Soubemos que conjugados poderíamos tocar no fundo
Acreditamos piamente em pequenos nadas...
Como o olhar que acordado deixa escapar tantos segundos
E entrelaçados seguimos a nossa composição
Crentes que o presente só será presentemente se num futuro adjacente
as carícias tiverem sempre e sempre
ao alcance do toque das nossas mãos
Eu tu a as palavras
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