mais do que aquilo que és
E adormeces sempre a julgar
a errância dos nadas que foste
As horas também são assim
passam sem passar
Até que lhe apertes o pulso...
E olhes para o relógio te dizer
O correr que não te passou
Cronometramos o pulsar
tão poucas vezes
Escassas são as vezes
que inspiramos fundo
Demasiadas são poucas as vezes
que bafejamos a felicidade
E ainda assim
Ousamos por um fim tão perfeito
Sou muito mais atento
Quando no mundo das palavras me componho
Esta minha decomposição já gasta
Que se arrasta
Sonolenta e errante
Mesmo que daqui pouco
eu já não saiba de mim
e esteja distante
Sei que no aqui e agora eu pouco fui
daquilo que me sonhei
E pergunto-me...
Será bom sonhar ou até questionar à pergunta por nós
quando no concreto da voz
se esconde uma imensidão no pranto ?
A dúvida é a nossa essência
A resposta é o que nos distingue
E a simplicidade é o nosso encanto
neste binómio entre o pensar e o agir
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