sábado, 15 de setembro de 2012

SEM O SER








Sempre que me encontro
abraço-me até as lágrimas
Para lavar a dormência
dos dias que me escaparam

Sempre que me encontro
arrepio-me por entre desejos
De não ver ao longe um sonho
 a se perder no longínquo horizonte

Sempre que me encontro
inspiro-me por detrás de pálpebras cerradas
Para que a luz de uma sombra guardada
seja moldada e fadada
de um tremendo contentamento

Sempre que me encontro
Sou apenas um pouco mais de mim
Sou o ser sem o ser
Sincero e infinito
O eu que me gostaria
Neste meu imenso labirinto

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