sexta-feira, 28 de setembro de 2012
IMAGINÁRIO
Há tantas palavras no imaginário do meu desejo...
Que todas são poucas
para que de acerto
me moldem
a tua boca
nuns lábios meus
Desejosos de ti
amantes dos teus...
quinta-feira, 20 de setembro de 2012
VISIONÁRIOS DO AZIMUTE
No anzol da oratória
Poesias mil
Narradas por colarinhos brancos
Dão tamanhos encantos
a políticos sem sal
Numa conjectura nacional
que não serve para servir
Se não para...
Se servirem de um povo
Presidentes
e Governos
Maiorias
e oposições
Todos têm o azimute
E em nenhum deles
se vislumbram soluções
Bandidos
escumalha de entendidos
Que regem
e desgovernam
Uma nação
de subnutridos
Disformes
Enganados
Reprimidos
Humilhados
Vagueiam sofridos
uma nação de carenciados
Desgovernados
Por uma classe engravatada
Que de suor pingam...
Um pouco quase nada
Indiferentes à dor
À agonia de um grito sofredor
Que ecoa ao longo deste país
Indolor...
Com o vazio que a fome propaga
Já nem a terra aos olhos cega
Nem o pão alimenta
a mentira que sustenta
O homem reprimido
sábado, 15 de setembro de 2012
SEM O SER
Sempre que me encontro
abraço-me até as lágrimas
Para lavar a dormência
dos dias que me escaparam
Sempre que me encontro
arrepio-me por entre desejos
De não ver ao longe um sonho
a se perder no longínquo horizonte
Sempre que me encontro
inspiro-me por detrás de pálpebras cerradas
Para que a luz de uma sombra guardada
seja moldada e fadada
de um tremendo contentamento
Sempre que me encontro
Sou apenas um pouco mais de mim
Sou o ser sem o ser
Sincero e infinito
O eu que me gostaria
Neste meu imenso labirinto
sexta-feira, 14 de setembro de 2012
CATWOMAN
A lua vai alta
o teu sonho também
E eu aqui sozinho
continuo firme...
À tua espera
A imaginar-te baixinho
Estrondosamente no meu peito
Desfeito...
E refeito
de um passado que sorveu
Engolido num mar de um beijo
De um desejo
num sonho nosso...
Meu e teu
Faz-me tão mal esta distância
Que por vezes convenço-me
que não sou mais eu
mas o que ficou de mim
De um alguém tremendamente apaixonado
Gosto tanto de ti
que chego até
a ter vergonha de mim
por me entregar assim...
Tão claro e evidente
Antigamente
sabia viver ausente
...sem ti
Mas confesso que hoje não sei
Gosto de ti e pronto...
Sem princìpio nem fim
Como uma semente que há muito
já trazia dentro de mim
Só faltava regar
Para a ver crescer
e no castanho dos teus olhos
me sentir a palpitar...
A acreditar
Neste meu novo florescer
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