
Se não acreditas no que os olhos te ditam
experimenta fecha-los
A tensão de olhar e de ouvir para surpreender o que se passa
Roubam o teu chão
Segreda em pensamentos o que te vai na alma
Avista os sentidos oprimidos... e dança
Aceita os teus movimentos nos contornos dessa tua musica
Escuta tudo aquilo que não ouves de olhos abertos
E dá a mão ao desejo para que te possa seguir bailando
Agora exprimenta traduzir no papel tudo aquilo que calas
Abre a porta do medo e salta o muro dos anseios
Canaliza a atenção no reconhecimento...
Rabiscando a vergonha que omites
E sente o arrepio na pele vindo sabe-se lá de onde
Tal como uma planta que nasce sem ser semeada
A lágrima ao declarar-se...
Ela é sincera
Ela é espontânea
Ela é salgada e brota da mesma nascente que nascem os rios que desaguam no mar
Tudo isto faz sentido...
Tudo é luz quando roçamos o arrepio num espaço intemporal
Tudo é luz quando de olhos fechados tocamos na vida