domingo, 9 de novembro de 2008

escrevo para me situar


Já ninguém sabe a letra de uma canção.
Vivemos de boca aberta.
...a “comer” toda a chuva caída do céu.

Já ninguém sabe cantar
Escondemos-nos na nossa solidão
e representamos em frente ao espelho.

Já nem sabemos ao certo o que nos dá prazer.
Estamos a perder os nosso valores em troca de
um consumismo exacerbado.

Os jovens de hoje em dia acham que “enxoval”
seja umas das muitas palavras que o “americanismo “
nos traz de Hollywood.

O conceito família está ultrapassado
…as lágrimas vêem-me ao olhos sempre que recordo
os jantares de família
os almoços de fim de semana,
do belo do bacalhau com grão, o cozido a portuguesa, a feijoada...

O cheiro e o paladar perdem-se no tempo,
mas os meus valores não!

Já ninguém se casa por amor,
Hoje casa-se com a desconfiança.
Os divórcios aumentarão mais que a inflação.
Hoje para se ser normal tem que se ter um padrasto

Já ninguém escreve cartas de amor.
Hoje enviam-se textos minúsculos com palavras abreviadas
ao máximo para traduzir o nosso gostar.

Já ninguém chora por chorar.
Chora-se com o intuito de…
por querer algo.
Vivemos agarrados a mesquinhez e á desconfiança.

Escrevo para me situar…

EU NÃO QUERO SER ASSIM!!!

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