Não há amor mais bonito de ver do que duas mãos enrugadas a tremer,
a atravessar uma estrada,
a atravessar uma estrada,
de mãos dadas uma na outra,
entrelaçadas,
a cambalearem a custo pelo alcatrão da cidade sem se largarem,
ajudando-se mutuamente até chegar à calçada,
do outro lado de um passeio.
*Hoje enquanto conduzia por Lisboa,
compus este devaneio...
Depois de parar o carro para dar passagem a um amor destes,
de passeio a passeio.
compus este devaneio...
Depois de parar o carro para dar passagem a um amor destes,
de passeio a passeio.
De mãos dadas e enrugadas pela cumplicidade sem prazo de validade,
pelo mesmo anseio.
pelo mesmo anseio.
Por uma vontade infinita.
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