quinta-feira, 28 de maio de 2020

PERIFERIA



Toda a magia nasce e cresce no silêncio,
até que...
Inquietos pensamentos a tentem reproduzir por palavras.

Foi assim em todas as jornadas da nossa ida.
Eu a acreditar no silêncio e a ter esperança,  
em cada partida.
 E tu,
a acreditar no brilho do olhar,
que nos ficou,
em cada alvorada.

Foi assim em todos os dias das nossas vidas
Eu, tu, e o silêncio que se instalou,
por detrás do deleite
de noites tão bem passadas.

Agora...
Agora, só nos restam as estradas
Os caminhos por um alcatrão tão preto, ingreme e sem morada.
A cidade de janeiro a janeiro sem código postal no horizonte,
cansada...
 Pelos destinos que se distânciam abruptamente,
de forma arrogante,
 sem se reenvindicarem.

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