domingo, 16 de fevereiro de 2020

JEJUM



Uma mão cheia de discernimento não traz a clarividência do bom senso, quando no espaço não se afigura uma saída...
Tantos são estes momentos em que o ar parece já não chegar para nos fazer pulsar, o sonho de uma vida.
Por vezes, ter do que comer não basta para alimentar o corpo.
Há alturas em que não se afiguram outras saídas e a única solução é esperar por um acaso, que como se sabe não se  premedita.
A não ser que, haja um desses "amigos" gurus que trazem sempre soluções na ponta da língua, para tudo. Vêm com moralidades, conselhos e artimanhas, mas que nunca têm verdadeiramente a cura nem as geniais ideias para resolver os seus próprios problemas.
A solução quando não há saída passa por dar aos momentos mais atenção, mudando a forma como olhamos para o problema. "Quando mudamos a forma de pensar e de ver as coisas, mudamos a forma de falar e de agir,  e por consequência mudamos toda a realidade que nos rodea". Passa por empregar de melhor modo o tempo que nos falta, que nos escorre por entre as mãos. "A única pessoa que nos pode fazer felizes somos nós próprios os outros facilitam ou dificultam essa tarefa". Passa por não se deixar abater com pensamentos negativos e muito menos com energias castradoras, que na verdade não são  donas nem senhoras de si mesmo, e muito menos nos preenchem, colmatando o vazio de alguém.
O jejum é de todos os exemplos aquele que mais haver tem, para se fazer uma analogia.
Pois o corpo para se alimentar precisa muitas vezes mais do que comer, precisa de ter períodos de carência para se promover e se auto regenerar.
Valha-nos sempre a fé para continuar a jornada quando a razão desgovernada já só nos ilude, de valores e atitudes que à muito fingiamos não ver.

*Ganhei uma vida quando te perdi - Raul Minh'ama

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