terça-feira, 1 de abril de 2014

HEMERÓBIO

Tenho tanto rascunho agarrado a mim, que todos os dias me rabisco... Mais uns minutos.
Renovar é preciso, como precisas são as contrações das minhas vísceras, que "visceram" tanto, com um toque de pensamento quando por dentro a matéria é prazerosa
Leio e releio tudo o que ficou para trás, como houvesse eu vivido a acção de uma composição, que ficou por escrever.
Mas quando a quero recomeçar, muitas vezes já não consigo por falta de rigor, para compor um prometido, que ficou a prazo depositado...
Num tempo indevido
Breves são as dúvidas, perenes no seu questionar
Concluo então, que toda a acção tem a sua certeza
Toda a verdade a sua realidade, trincada por cima da mesa
E todas as paixões têm um espaço, esticado e efémore em suas reminiscências

Todas as palavras têm um tempo
Toda a fruta tem a sua estação
E todas as formas o exacto de um vago momento

2 comentários:

  1. Gostei muito deste!
    Cada vez mais sinto essa verdade..embora teime muitas vezes em passar os rascunhos a limpo...e finalizar o que se deixou imperfeito
    Há coisas que se sabem...mas não se aprendem
    Vontade que seja diferente, talvez
    Gosto de fruta fora da época..
    bj

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  2. Compor, recompor... e porque não decompor
    O homem vai compondo assim a obra, sem sopor...
    Se é no rigor que pulsa a arte da criação

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