segunda-feira, 23 de abril de 2012

ALVORADAS

Todos os dias
perco o nascer do sol
A aurora do despertar
O cântico do galo que amanhece
a vida no seu acordar

Perco os dias
sempre que me levanto
A cada dia longe de ti
Fingindo não ouvir o teu cântico
Perco-me do amor
por não haver rigor em mim

Perco o nascer dos teus olhos
Em cada manhã...
a cada alvorada
O aroma do café
e o odor da manteiga
sob as torradas
Perco as ruas
Perco as estradas
Perco-me um pouco mais assim...
Bem sei

Roubo-me sempre
Efectivamente
E a todo o final do dia
Reflicto
Perpetuando em adormecer
Cansado sem entender
Os dias em que me driblo
Dos dias em que me finto

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