Todos os dias
perco o nascer do sol
A aurora do despertar
O cântico do galo que amanhece
a vida no seu acordar
Perco os dias
sempre que me levanto
Perco os dias
sempre que me levanto
A cada dia longe de ti
Fingindo não ouvir o teu cântico
Perco-me do amor
por não haver rigor em mim
Perco o nascer dos teus olhos
Em cada manhã...
a cada alvorada
O aroma do café Em cada manhã...
a cada alvorada
e o odor da manteiga
sob as torradas
Perco as ruas sob as torradas
Perco as estradas
Perco-me um pouco mais assim...
Bem sei
Efectivamente
E a todo o final do dia
Reflicto
Perpetuando em adormecer
Cansado sem entender
Os dias em que me dribloCansado sem entender
Dos dias em que me finto
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