terça-feira, 19 de julho de 2011
ABSTRACTO
Pestanejo incessantemente
os olhos ao pormenor
descurando tudo o resto
Que as evidências me reflectem num gesto
Em benefício da dúvida
Estendo a toalha das decisões
Fertilizando as flores
Com matéria morta de opções
O abstracto é tudo o que nos escapa
A perspectiva é tudo o que nos distingue
Acomodo-me à sombra de uma nuvem
E sem pestanejar
agarro a atenção de uma mosca que por ali passa
Amplio o foco do olhar
E sinto na brisa de uma folha caída em espiral
as histórias ocultas pelo rodopiar do tempo
As palavras e os sentimentos
foram escritas um dia à flor de um oceano
E sob chuvas e ventos deixaram-se afastar
Hoje as palavras choram sentimentos
E no vento...
O oceano assobia encantamentos
Clamando na lágrima à saudade para se juntar
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Engraçado ler-te passados tantos anos e ver-te exactamente como te via há quase 20 anos...
ResponderEliminarEstás igual, com carinha de puto tímido e com um carisma impressionante!
E este texto encaixou que nem uma luva, tempos que deixaram muita saudade...
Caso não estejas a ver de onde te conheço dou-te uma pista lol (secundária de carnide)
Beijocas e vou continuar a ler-te, sem dúvida!
Lu
Obrigado pelo teu "aparecimento" :)
ResponderEliminarÉ bom sentir e saber que fiquei guardado nos anos em recordações dos tempos de escola
Seguramente que também irei seguir-te atentamente
Beijo