A velocidade com que nos movemos no mundo não é a mesma velocidade com que vivemos a fundo, a subtileza das nossas pulsações.
Qual foi a última vez que sentiste o sabor da adrenalina a aninhar-se nos recantos da tua boca ?
Pois é...
Há momentos que passam tão fugazes e acelerados por nós que, ficamos como que petrificados e boquiabertos a apontar para eles, com o dedo indicador em riste, vendo-os a afastarem-se, cada vez mais distantes e disformes.
Até permanecerem à deriva, náufragos e amontoados, na biblioteca sagrada da imaginação.
Viver um sabe bem, em "slow motion", é talvez por assim dizer, a doença do século XXI.
Todos sabemos o que diz o velho jargão
"A pressa é inimiga da perfeição".
Quando vivemos com pressa não estamos presentes...
Quem nunca se imaginou a saborear os detalhes de um passado prazeroso?
Ou até, quem nunca se imaginou a desfrutar da vida que não foi consumida na integra, com o esmero e o rigor que o instante gritava?
Mudar o chip e reprogramar a velocidade com que vivemos a cada segundo é o desafio que nos cabe a cada um de nós adoptar.
Para que devagar se chegue ao longe, num estado de gratidão, sem ser preciso procrastinar diariamente a sonhar em vão.
Agora vai e respira fundo, não deixes que a velocidade do mundo confunda o ritmo dos teus momentos de satisfação.
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