sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

RAIO DA ATENÇÃO




Viver uma vida pequena pode muito bem valer mais a pena do que viver uma vida imensa, repleta de indigestas contradições.

Olhei para as palavras e apercebi-me que o caminho era o acertado, 
isto é,
 não por ter tido uma vida imensa por assim dizer mas por ter enumeras vezes errado, 
na cor de um passado, 
ao apertar com as duas mãos a garganta do tempo.

Quando nos deixamos  estar sem reenvindicar o norte aos gestos sob a doutrina das emoções, 
ainda mais quando há muito nos apercebemos que o universo não conspira a nosso favor.
É claramente uma perda de tempo este bloqueio que nos induzimos, 
ao automutilarmo-nos consecutivamente.
 Como migalhas que se descolam do pão 
sem saberem se serão levadas à boca ou  não
e que acabam arremessadas sem contemplação para um canto qualquer.

Quem nunca? ...diram muitos, 
que continuam a aniquilar a garganta do tempo deixando-o respirar atordoadamente 
para que a sensação de ilusão nas suas vidas nunca se apague.
Contudo outros há que se reenvindicam ao sentenciar um basta, um não, um ponto de exclamação a atravessar um espaço em branco, como que a assinalar um sentido proibitivo 
uma porta trancada e lacrada com betão .

Para alcançar o nirvana da satisfação há que agradecer de coração às oportunidades que se escorrem diariamente por entre as mãos,
 e ter o desejo inabalável de expandir mais e mais
a circunferência 
da curiosidade da atenção 

Atentos são aqueles que ardem por desejo de realização 
sem permitirem que o prazer  os devore de uma forma cega e solene
no criptar "da chama" da combustão.


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