sábado, 23 de maio de 2015

DEUS MENOR

Urrou como se uns dentes lhe tivessem cravado a pele, e mordido  
Gemeu sem pudor do rouco desenquadrado e delirante da sua voz, poder doer
Protestou aos berros, grunhindo com a carência das palmadas em seu corpo destinguido  
E galopante cavalgou triunfante até sentir o morno do leite a escorrer pela sua pele
Ofegante tombou sob os lençóis  temperados de prazer, enxarcados de muitas vitórias
Adiante uma porta da rua bateu...
E sem a glória de chegar ao topo e recitar meia duzia de palavras precisas
Rabiscou num papel sem ter recorrido ao brail para admnistrar a sua fala.
O cru agradecimento da alma
"Adorei, gostei muito"

Mudos são os corpos que amanhecem nus, sob a ausência de olhares triunfantes



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