terça-feira, 26 de agosto de 2025

DEGUSTAÇÃO


Porque terá um beijo fétido, na boca do abismo, que acalmar um desejo, que de insatisfeito é sempre cor de rosa?


Será que o prazer é louco por surfar a onda, no deleite de não se ter?

Não terá o homem que fazer muito mais por ele,  do que, todas as desculpas com que se constrói?

Ou será mesmo o egoísmo que nos afecta um ego delirante, ao ponto de tentarmo-nos por satisfazer, caprichos e emoções?

Haja para sempre desejos e um compromisso estóico de acordar o sono, capaz de nos motivar a rasgar etapas, subir ladeiras e a respirar profundamente cada momento, que nos enternece a alma.

Se de um arco-iris não for, de que tons será a cor da satisfação? 

quarta-feira, 6 de agosto de 2025

A VIDA NUM SOPRO


Quanto nos fica por dizer?

Quanto nos fica por contar?

Não por falta de literacia mas, por termos deixado morrer um dia, 

um pouco de nós.


Desabafar agora mudaria alguma coisa?

Talvez não...


Segundo os filósofos "o que não se vive persiste" na memória, pois o desejo é sempre o resultado de uma história inacabada.


O que vive em nós, vive porque se deseja.

O que sobeja dos outros vive ao nosso redor, sem de facto nos importar.


Talvez por isso,

é que sofrer faz parte,  daqueles que desejam muito.


Talvez por isso, 

faça todo o sentido haver histórias com reticências, 

bem como outras com um ponto final.


terça-feira, 22 de julho de 2025

QUANDO NÃO RESTA MAIS NADA



"Fé é aquilo que nos sobra quando não resta mais nada"


* Autor desconhecido 

sexta-feira, 18 de julho de 2025

COM OU SEM PENAS


 


Estagnar é o pior destino que um pássaro migratório pode dar à direção.


Contrariar o voo nunca foi uma boa solução para evitar a queda.


Muito menos " com penas" de ficar em terra...


 A olhar para a imensidão do céu. 



quinta-feira, 17 de julho de 2025

SAGACIDADE

 


"Sabes o que é bom?"

Perguntei um dia a um amigo meu, para quebrar o gelo, depois de à alguns anos sem nos vermos. E em tom de resposta, eu mesmo conclui.
"É ao fim de alguns anos sem nos vermos, verificarmos que realmente estamos iguais."
Ao que este meu amigo me respondeu de pronto, de forma sagaz e magistral.
" E ao acordarmos vivos!"


O que importa viver se não acordarmos vivos?

Conjecturei para comigo.
Anuído em silencio.
Levando nos bolsos este pensamento,
esta pequena grande lição.

terça-feira, 15 de julho de 2025

5 ª ESSÊNCIA



Não há nada mais bonito no amor do que sentir no corpo o calor da resiliência. Essa vontade que nos envolve a essência de bravura, a ir mais além, a saltar trincheiras se for preciso e guerrear. 

Do mesmo modo...

Não há nada mais bonito no final de uma relação do que sentir um aperto no coração ao não se deixar selar pela ausência da distância.


É por isso que há na bonança e na tormenta, sempre uma bela razão, que se reenvindica e nos sustenta a seguir em frente, por saber que mesmo frágeis somos de algum modo distintos na tonalidade do tempo.


A sede do saber não sabe que viver é muito mais sentir do que explicar...


quarta-feira, 11 de junho de 2025

A INSANIDADE DOS PEQUENOS MOMENTOS



O prazer é insano pois depende sempre da intensidade que a libredade nos concede,

ao desfrutamos com coragem de breves momentos .

É por isso que a felicidade na equação não vem nos números,
nem em nenhum algoritmo cintilante de riqueza,  
se não,
num grito selvagem com que se abraça uma causa.

A insanidade dos pequenos momentos é quem dita...