Ao contrário do que se possa imaginar o pensamento não nos aproxima.
Poderá julgar-se haver uma aproximação por termos deixado um desejo a materializar-se no imaginário da nossa existência contudo, quando pensamos em alguém fugimos de nós próprios, o que equivale a dizer que abandonamo-nos em prol de uma ficção, que de modo algum nos abraça realmente.
Logo o que nos aproxima é muito mais o modo como interpretamos as nossas emoções, pois são elas, são sempre as emoções, que nos empurram com o seu sopro imperceptível, de encontro à face do destino.
Só eu sou,
mais só, só se for...
Contigo no meu pensamento.
Quanto tempo gastas a pensar em quem não ficou?
Quantas foram as histórias que não vingaram e que hoje ainda te atormentam?
Quantas vezes te perdes de ti, sem te encontrares sequer, num imaginário quotidiano de alguém?
A saudade só fala uma língua.
Uma verdade de um tempo perfeito, que não volta mais.